
- Greve de advertência de 24 horas acontece nesta quarta-feira (26)
- Trabalhadores rejeitam aumento da obrigatoriedade presencial para três dias
- Protesto também questiona redução da remuneração variável e cobra segurança
Os funcionários da Petrobras aprovaram, na segunda-feira (24), uma greve de advertência de 24 horas para esta quarta-feira (26). Assim, reivindicando a manutenção do regime de home office e outras demandas trabalhistas.
Segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP), a aprovação da paralisação ocorreu em assembleias realizadas em todo o país. Dessa forma, com média superior a 90% de apoio dos trabalhadores.
Defesa do teletrabalho
O principal ponto da greve é a questão do home office. Atualmente, os trabalhadores administrativos da Petrobras cumprem dois dias presenciais por semana, mas a empresa pretende ampliar essa obrigatoriedade para três dias a partir de 7 de abril.
Os sindicatos afirmam que a mudança foi imposta sem negociação coletiva e defendem que qualquer alteração no regime de trabalho seja discutida e regulamentada em acordo coletivo.
A FUP argumenta que a flexibilidade no regime de teletrabalho melhora a qualidade de vida dos empregados. E, assim, contribui para maior produtividade sem prejuízo às atividades da companhia.
Segundo a entidade, a direção da Petrobras desconsiderou as propostas apresentadas pelos trabalhadores e ignorou o diálogo com os sindicatos.
Outras pautas da greve
Além da questão do teletrabalho, os petroleiros também protestam contra a redução da remuneração variável e cobram a recomposição dos efetivos da empresa.
A categoria alerta para a necessidade de garantir condições seguras de trabalho em todas as unidades da Petrobras, incluindo prestadoras de serviço e períodos de manutenção.
A FUP critica a postura da direção da estatal, afirmando que a gestão de Magda Chambriard precisa respeitar os fóruns de negociação e avançar nas reivindicações dos trabalhadores.
“A greve desta quarta-feira cobra da gestão Magda respeito aos fóruns de negociação e avanços no atendimento das reivindicações da pauta unitária das federações”, diz a FUP.
Impacto nas operações
Embora a paralisação seja de curta duração, a Petrobras normalmente aciona equipes de contingência para minimizar impactos nas operações.
Ainda assim, greves na companhia costumam chamar atenção do mercado e de investidores, especialmente quando envolvem pautas salariais e condições de trabalho.
O movimento desta quarta-feira (26) servirá como um alerta para a direção da estatal e pode ser seguido de novas mobilizações caso as reivindicações não sejam atendidas.
Os sindicatos afirmam que permanecerão em estado de atenção e não descartam a possibilidade de paralisações mais longas no futuro.