Adesão administrativa

GREVE GERAL na Petrobras: área administrativa anuncia parada

Greve de 24 horas convocada pelos sindicatos dos petroleiros da Petrobras segue até esta quarta (27) com forte adesão da área administrativa.

refinaria lubnor divulgacao petrobras
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  • Trabalhadores protestam por negociação coletiva e direitos trabalhistas
  • Atividades operacionais seguem sem impacto significativo
  • Nova assembleia será realizada para definir próximos passos

A greve de 24 horas convocada pelos sindicatos dos petroleiros da Petrobras segue até as 23h59 desta quarta-feira (27) com forte adesão da área administrativa, enquanto a produção nas refinarias permanece inalterada.

O movimento tem como principal objetivo pressionar a empresa para a valorização das negociações coletivas e a manutenção dos direitos trabalhistas.

Mobilização estratégica e reivindicações

Diretores sindicais marcaram presença em diversas unidades da estatal para reforçar as reivindicações dos trabalhadores. Entre os principais pontos, estão a garantia da remuneração variável, reduzida em 31% pela empresa, a defesa do teletrabalho, a reabertura das discussões sobre planos de previdência e a criação de um plano de cargos, carreiras e salários mais equitativo.

Os sindicatos denunciam ainda a postura da atual gestão da Petrobras, comandada por Magda Chambriard, que, segundo os dirigentes, tem adotado uma “linha dura” nas negociações e ignorado demandas históricas da categoria.

O debate discute principalmente a devolução dos valores da Remuneração Mínima de Nível de Regime (RMNR), que autoridades suprimiram ilegalmente, conforme decisão judicial definitiva.

Impacto nas operações e adesão dos trabalhadores

De acordo com a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e a Frente Nacional dos Petroleiros (FNP), as plataformas não estão emitindo as Permissões para Trabalho, o que impede a realização de algumas atividades nas áreas operacionais.

No entanto, devido à existência de estoques em terra e ao curto período da greve, não há previsão de impacto significativo na produção.

As equipes de contingência mobilizaram-se para assegurar o funcionamento das operações. No entanto, manifestações pontuais ocorreram em diversas unidades administrativas, e relatos indicaram resistência ao comparecimento no trabalho.

Na sede da Petrobras, no Rio de Janeiro, cerca de 400 funcionários participaram de uma passeata simbólica ao redor do prédio, sem bloqueio de vias.

“Consideramos essa greve um sucesso. Apesar da falta de resposta imediata da empresa, conseguimos demonstrar a insatisfação da categoria, principalmente com a adesão expressiva dos trabalhadores administrativos”, afirmou Eduardo Henrique Soares da Costa, diretor do Sindipetro-RJ e da FNP.

Próximos passos e posicionamento da Petrobras

Uma nova assembleia está marcada para esta quinta-feira (28), quando a categoria avaliará o movimento e discutirá as próximas estratégias. A continuidade das mobilizações dependerá da resposta da Petrobras às reivindicações apresentadas.

Em nota, a estatal informou que respeita o direito de manifestação dos empregados e reafirmou seu compromisso com o diálogo com as entidades sindicais. Além disso, destacou que a partir de 7 de abril, todos os funcionários deverão retornar ao trabalho presencial, exceto pessoas com deficiência e pais de pessoas com deficiência.

A empresa também ressaltou que, em 2024, contratou mais de 1.900 novos trabalhadores e prevê a admissão de outros 1.780 profissionais em 2025, por meio de concurso público.

Enquanto isso, os petroleiros seguem mobilizados, aguardando avanços nas negociações e a abertura de novas tratativas para atender às demandas da categoria.

Rocha Schwartz
Paola Rocha Schwartz
Estudante de Jornalismo, apaixonada por redação e escrita! Tenho experiência na área educacional (alfabetização e letramento) e na área comercial/administrativ