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Itaú alerta que ciclo de queda pode terminar antes do previsto

Devido aos riscos crescentes, a empresa espera uma taxa Selic de 9,75%, com redução no ritmo de flexibilização monetária a partir de junho.

Itausa homologa aumento de capital social e bonificacao de acoes
Itausa homologa aumento de capital social e bonificacao de acoes

Com um cenário global desafiador e uma desinflação mais lenta, os economistas do Itaú Unibanco consideram a postura cautelosa adotada pelo BC como ‘”adequada”. Isso provavelmente resultará em uma redução dos juros menor do que o esperado anteriormente.

“Diante do aumento dos riscos, passamos a esperar uma taxa Selic mais alta ao final do ciclo, em 9,75% (anteriormente, 9,25%), bem como uma redução do ritmo de flexibilização monetária a partir de junho.”

Na revisão de cenário divulgada nesta sexta-feira (11), os economistas do Itaú observam que, no cenário internacional, a trajetória de desinflação nas economias desenvolvidas tem sido inconsistente. Adiando o início de um ciclo de cortes de juros, impactando a taxa de câmbio.

No âmbito interno, os reajustes salariais continuam superando a inflação de serviços, especialmente em itens mais relacionados ao mercado de trabalho e à dinâmica salarial. E tem mostrado maior pressão na margem, e as expectativas de inflação permanecem acima da meta há alguns trimestres.

O Itaú prevê uma taxa Selic mais alta no final deste ano, com um nível de 9,75% mantido pelo Banco Central ao longo de 2025, confiando em seu compromisso de controlar a inflação. Riscos de inflação, portanto, levam a possível término antecipado do ciclo de alta da taxa Selic.

Itaú revisa projeções inflacionárias para 2024 e 2025 devido à pressão nos serviços e expectativas desancoradas, elevando previsões. O aumento das incertezas externas, contudo, influencia as expectativas do Itaú para a trajetória da taxa de câmbio. Agora, espera-se que o Federal Reserve reduza os juros apenas em dezembro e promova três cortes de 0,25 ponto nas taxas em 2025. Diante disso, o Itaú elevou, portanto, sua projeção para o dólar no final deste ano de R$ 4,90 para R$ 5,00, e prevê que a moeda encerre 2025 em R$ 5,20, não mais em R$ 5,10.

“Os fundamentos externos estão se tornando mais desafiadores e agem na direção de maior pressão na moeda, com manutenção do cenário de dólar forte e adiamento dos cortes de juros nos Estados Unidos, ainda que seja parcialmente compensado por uma Selic mais alta”, explicam os economistas do Itaú.

“Alguns atenuantes locais ainda ajudam a moeda, principalmente o bom desempenho da balança comercial, apesar de alguns sinais de desaceleração na ponta, e prêmio de risco doméstico em nível historicamente baixo para o período pós-pandemia.” Complementam.

Itaúsa possuiu lucro líquido de R$ 3,46 bilhões no 4T23

Itaúsa (ITSA4) reportou em março, um lucro líquido recorrente de R$ 3,460 bilhões 4T23. Valor 3% maior na comparação com igual período de 2022. Já o lucro líquido da holding teve uma queda, portanto, de 10,3% na comparação com o 4T22, passando de R$ 3,32 bilhões para R$ 2,98 bilhões.

O endividamento líquido da empresa, ao final de 2023, apresentou uma forte queda de 82,9%. Contudo, passando de R$ 3,805 bilhões para R$ 652 milhões.

Em dezembro de 2023, a Itaúsa concluiu o processo de desinvestimento na XP Inc. e deixou de deter participação direta na companhia, por meio de vendas realizadas no quarto trimestre que totalizaram R$ 1,7 bilhão. Com isso, encerrou o ano com venda de 35,5 milhões de ações da XP Inc. por R$ 3,8 bilhões.

No quarto trimestre de 2023, o resultado financeiro foi de R$ 106 milhões negativos. Uma melhora de R$ 96 milhões em relação ao mesmo período de 2022. Isto devido principalmente à redução das despesas com juros devido a liquidações antecipadas e à queda nas taxas de juros.

“A Itaúsa apresentou mais um ano de resultados sólidos e consistentes, além de utilizar recursos para a execução de sua estratégia de desalavancagem, com pré-pagamento de dívidas contraídas no ciclo de investimentos dos últimos anos, o que conferiu posição confortável de liquidez e alavancagem e avaliação de risco de crédito com nota máxima pelas três agências de rating”, destacou Alfredo Setubal, presidente da Itaúsa.


Rocha Schwartz
Paola Rocha Schwartz

Estudante de Jornalismo, movida pelo interesse em produzir conteúdos relevantes e dar voz a diferentes perspectivas. Possuo experiência nas áreas educacional e administrativa, o que contribuiu para desenvolver uma comunicação clara, empática e eficiente.

Estudante de Jornalismo, movida pelo interesse em produzir conteúdos relevantes e dar voz a diferentes perspectivas. Possuo experiência nas áreas educacional e administrativa, o que contribuiu para desenvolver uma comunicação clara, empática e eficiente.