Mesmo que a contagem dos votos ainda esteja em andamento, já sabemos quem liderará a maior economia mundial pelos próximos 4 anos: Joe Biden. O candidato do partido democrata está, nesse momento, com 290 colégios eleitorais a seu favor. Dessa forma, ultrapassando os 270 mínimos para vencer.
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Mas quem é Joe Biden?
Joe Biden se formou em 1965 pela Universidade de Delaware com um double major em história e ciência política. Após isso, estudou direito na Universidade de Syracuse com metade de uma bolsa de estudos com base em suas necessidades financeiras.
Esteve no Senado do Estado de Delaware entre 1973 e 2009, exercendo seis mandatos consecutivos. E, além disso, foi vice-presidente de Barack Obama entre 2009 e 2017.
Entretanto, mesmo tendo como proposta o aumento de impostos, o mercado não o enxerga com maus olhos. O novo presidente dos EUA é visto como um liberal de centro e conciliador.
Principais propostas
Tratando-se apenas de propostas para a economia, Biden prevê um aumento de 21% para 28% nos impostos das empresas. Mesmo sendo superior aos impostos definidos por Trump, ainda estão abaixo dos 35% cobrado por Obama durante seu governo.
Além disso, uma taxa mínima sobre lucros estrangeiros de 21%, contra os atuais 10,5%.
Dessa forma, com a maior arrecadação, Biden pretende aumentar os gastos públicos para recuperar a economia da atual crise. Ademais, o tão esperado pacote de estímulos tão debatido nas notícias recentes é uma ideia democrata.
E o que Biden representa para o Brasil?
O primeiro ponto de preocupação é a relação distante do ponto de visto ideológico com nosso presidente, Jair Bolsonaro. Assim sendo, pode impactar diretamente as relações entre os países. Entretanto, justamente por ser um político centrista, propostas radicais não são esperadas de Biden.
Todavia, vale lembrar do primeiro debate entre Trump e Biden, onde o democrata citou o grande problema de desmatamento na Amazônia.
De acordo com Biden, caso o Brasil não pare a destruição da floresta enfrentará “consequências econômicas significativas”. O democrata propôs que países se reunissem para fornecer ao Brasil cerca de US$ 20 bilhões para corrigir o problema.
Como países europeus, como Alemanha e França, já pressionam o Brasil nas questões ambientais, é esperado, dessa forma, que ceda à pressão.
E para os investimentos?
Há diversos fatores que influenciam na cotação das empresas listadas na bolsa, entretanto, muito menos os que influenciam diretamente em seus resultados operacionais. Ou seja, o que de fato gera lucro para ela. Portanto, basear uma estratégia de investimentos com base em um resultado de eleição presidencial não faz muito sentido.
De acordo com a YCharts, levando em consideração os últimos 13 presidentes eleitos nos EUA, o S&P 500 teve variação positiva em 11 mandatos. Sendo que os dois com variação negativa eram republicanos, e por isso o desempenho do índice fica melhor num mandato democrata (6 dos 11).
Entretanto, há dois fatores importantíssimos durante esses dois mandatos. O primeiro, de 1969 a 1974 de Nixon, coincidiu com a crise do petróleo em 1973. Já o segundo, de 2001 a 2009, de Bush, pegou a enorme crise do subprime em 2008. Veja:
Portanto, pouca diferença fez o partido político do presidente eleito, e sim os resultados constantes das empresas. Todo o burburinho que se cria em volta disso, é apenas isso e nada mais: burburinho. Foque nos resultados individuais de cada companhia.