Sem nenhuma proposta sólida para aquisição de ações na Braskem (BRKM5), a Novonor, antiga Odebrecht, apresentará hoje a credores seu plano para se desfazer dos papéis na bolsa.
Dessa forma, caso essa estratégia siga adiante, a família Odebrecht se desfará de sua principal companhia. Entretanto, este é um momento ótimo para vender participação na companhia, visto que ela está em um ciclo de alta. Com 50,1% do capital votante e 38,3% do capital total, a fatia da Novonor na Braskem vale R$ 19,3 bilhões na bolsa.
Bradesco, Itaú Unibanco, Santander, Banco do Brasil e BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) detêm ações da petroquímica como garantia. Dessa forma, caso a Novonor zere sua participação na Braskem, levaria para casa R$ 5,3 bilhões em cash (sem considerar impostos). De acordo com fontes do Valor Econômico, a Novonor pretende realizar um follow-on (oferta subsequente de ações) para vender suas ações no mercado. Entretanto, isso vai depender de como a Petrobras (PETR4) venderá as suas ações.
Cancelamento de ações em tesouraria
A Braskem (BRKM5) informou que seu conselho aprovou o cancelamento da alienação em bolsa da totalidade de suas ações mantidas em tesouraria. De acordo com a companhia, o motivo para tal é a apuração do lucro líquido de R$ 7,4 bilhões no segundo trimestre desse ano, revertendo o prejuízo de 2020. Dessa forma, o cancelamento das alienações de ações ocorre bem em meio às aprovações para alienação das mesmas.
Durante o segundo trimestre deste ano, a Braskem somou uma receita líquida de R$ 26,4 bilhões. Além disso, teve um resultado operacional de R$ 9,4 bilhões. E lucro líquido, como já destacado, somou R$ 7,4 bilhões. Dessa forma, o vice-presidente de finanças, suprimentos e relações institucionais, Pedro Freitas, falou sobre o pagamento de dividendos.