Setor em alta

Petroleira Prio (PRIO3) quer dobrar produção até 2026 e surfa alta do petróleo com guerra no Oriente Médio

Companhia mira 200 mil barris por dia e avalia novo leilão do pré-sal em meio à disparada global dos preços.

o que a prio prio3 ganha com a compra da dommo dmmo3
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  • A meta é sair de 100 mil para mais de 200 mil barris por dia, com avanço nos campos de Wahoo e Peregrino.
  • A alta do petróleo global, causada pela guerra no Oriente Médio, fortalece os preços e impulsiona o setor.
  • A Prio aposta em ativos sinérgicos, operações integradas e navios próprios para aumentar rentabilidade.

A petroleira Prio (PRIO3), maior empresa independente do setor de óleo e gás no Brasil, está se preparando para um salto histórico em sua produção. Segundo o CEO Roberto Monteiro, a meta é dobrar a produção de petróleo até o ano que vem, alcançando mais de 200 mil barris por dia — número que representa o dobro dos 100 mil barris registrados no último ano.

A companhia anunciou a previsão nesta segunda-feira (23), durante o evento que celebrou seus 10 anos. A alta projetada considera o avanço nos projetos dos campos de Wahoo e Peregrino, dois ativos estratégicos para a expansão da Prio. No caso do Wahoo, a empresa aguarda apenas a autorização do Ibama para conectar os poços à infraestrutura existente e iniciar as operações.

Alta da produção coincide com guerra e petróleo em disparada

A ambiciosa expansão da Prio surge em um momento delicado para o mercado global. A intensificação das tensões no Oriente Médio, com destaque para o estreitamento das rotas de exportação de petróleo, fez o valor do barril disparar na última semana. Em meio a esse cenário, o CEO foi direto:

“É um horror dizer que uma guerra é uma coisa positiva, mas é uma realidade”, disse Monteiro, ao comentar os efeitos da crise geopolítica sobre os preços internacionais da commodity.

De acordo com o executivo, o Brasil tem se destacado como um porto seguro no setor energético, graças à sua estabilidade política e alta produtividade. A Prio, por sua vez, aposta fortemente nessa vantagem competitiva para manter seu ritmo de crescimento.

Ao mesmo tempo em que acompanha o noticiário internacional, Monteiro enfatizou que as decisões estratégicas da empresa não são pautadas por eventos externos, mas sim pela eficiência operacional. Isso inclui desde a escolha dos ativos até o uso de navios-plataformas próprios, o que dá mais autonomia e controle sobre as operações.

Sinergia, retorno e expansão marcam estratégia da Prio

Segundo o CEO, o sucesso da Prio passa por uma filosofia clara: operar com eficiência, reduzindo custos e maximizando o retorno sobre o investimento. Por isso, a empresa estrutura seu portfólio com foco em campos marítimos próximos entre si, o que gera sinergias logísticas e operacionais importantes.

Monteiro destacou que a empresa está em um momento decisivo e que os projetos atuais foram cuidadosamente planejados com foco na produtividade. A compra do campo de Peregrino, por exemplo, se encaixa na lógica de crescimento com ativos que dialogam com a infraestrutura já existente da companhia, fortalecendo a rentabilidade da operação.

Além disso, a Prio segue com um olhar atento para novas oportunidades, tanto no mar quanto na bolsa de valores. Ainda nesta semana, a companhia decidirá se participará do próximo leilão de petróleo da União, promovido pela Pré-Sal Petróleo (PPSA) na B3. Monteiro revelou que a companhia já participou de edições anteriores e avalia a continuidade. “São sempre coisas muito pequenas, mas que auxiliam no nosso trade de petróleo”, pontuou.

Luiz Fernando

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.