- Petrobras arrematou 13 dos 34 blocos ofertados, liderando o 5º ciclo da Oferta Permanente da ANP.
- Chevron investiu R$ 350 milhões, sendo a maior pagadora do leilão, com foco na Foz do Amazonas.
- Arrecadação total chegou a R$ 989,2 milhões, quase o dobro do previsto inicialmente.
Nesta terça-feira (17), a Petrobras liderou a 5ª rodada da Oferta Permanente de Concessão da ANP ao adquirir 13 dos 34 blocos vendidos. Por outro lado, a Chevron foi quem mais investiu, desembolsando R$ 350 milhões. No total, o governo arrecadou quase R$ 1 bilhão com bônus de assinatura.
Petrobras lidera disputa por blocos
Petrobras conquistou 13 dos 34 blocos ofertados, informou a diretora-geral interina da ANP, Patrícia Baran. Ao mesmo tempo, esse resultado reforçou a presença da estatal no mapa de exploração do país. Além disso, a movimentação mostra o apetite renovado pela produção nacional.
Por outro lado, outras grandes do setor também marcaram presença. Empresa como ExxonMobil, Shell e Equinor participaram ativamente. Inclusive, estreantes como CNPC e Dillianz demonstraram interesse em operar no Brasil.
Nesse contexto, o leilão já demonstrou forte concorrência. Por exemplo, a bacia de Santos teve blocos vendidos com ágio superior a 500%, enquanto a da Foz do Amazonas também atraiu grande atenção.
Chevron investe alto na Foz do Amazonas
A Chevron foi a maior pagadora do leilão, investindo cerca de R$ 350 milhões no total. Ela formou consórcio com a chinesa CNPC, especialmente para atuar na Foz do Amazonas, e adquiriu nove blocos naquela região.
Ao focar nessa área, a Chevron aposta no potencial de reservas equatoriais e mesmo diante da sensibilidade ambiental, segue investindo. Vale destacar que a Foz abriga áreas de proteção indígena e ambientes marinhos valiosos.
Por isso, as empresas terão que investir pesado não só em pesquisa e extração, mas também em estudos socioambientais. Dessa forma, se espera um equilíbrio entre desenvolvimento econômico e preservação.
Receita recorde reforça orçamento federal
O leilão arrecadou R$ 989,2 milhões em bônus de assinatura — quase o dobro dos R$ 444 milhões inicialmente previstos. Esse montante representa o maior valor da história para uma rodada da Oferta Permanente.
Além disso, os blocos vendidos exigem compromissos de investimento total estimados em R$ 1,456 bilhão. Os recursos reforçam o caixa do governo e podem auxiliar no financiamento de áreas como saúde, educação e infraestrutura.
O ministro Alexandre Silveira ressaltou que os recursos contribuem para equilibrar contas públicas. E ele disse que os fundos obtidos ajudam a reduzir a dependência de cortes orçamentários.
Ambiente regulatório e próximos passos
Apesar do sucesso do leilão, houve pressões judiciais por causa dos blocos sensíveis da Foz do Amazonas. O Ministério Público e entidades ambientais questionaram a discussão sem estudos prévios amplos.
Entretanto, a ANP e o Ministério do Meio Ambiente enfatizaram que todas as operações dependerão de licenciamento ambiental rigoroso. Assim, áreas indígenas, reservas e comunidades tradicionais receberão proteção antes de qualquer atividade.
Por fim, a próxima fase está marcada para 22 de outubro de 2025, com leilão de 13 blocos do pré‑sal, sob o regime de partilha. Esse evento deve trazer ainda mais recursos para os cofres públicos.