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Petróleo: Preço despenca 7% no mercado futuro

Novamente o preço dos contratos futuros de petróleo despencaram, caindo cerca de 7% nesta manhã de quarta-feira. O motivo para a recente desvalorização do preço do petróleo é devido a perspectiva negativa sobre um importante relatório com informações do fornecimento semanal de petróleo nos EUA.

Foto/Reprodução GDI
Foto/Reprodução GDI

Novamente o preço dos contratos futuros de petróleo (WTI) despencaram, caindo cerca de 7% nesta manhã de quarta-feira. O motivo para a recente desvalorização do preço do petróleo é devido a perspectiva negativa sobre um importante relatório com informações do fornecimento semanal de petróleo nos EUA.

Segundo analistas consultados pela S&P Global Platts, os dados semanais de inventário dos EUA devem mostrar que os estoques de petróleo (WTI) aumentaram 7,1 milhões de barris quando comparados com a semana passada.

Esse relatório tem sido seguido de perto depois que o Instituto Americano de Petróleo informou na terça-feira que o fornecimento de petróleo (WTI) dos EUA subiu 8,4 milhões de barris além da estimativa para a semana que se encerrou em 1º de maio.

Os dados da IAP também mostraram os estoques de gasolina em 2,2 milhões de barris. Eles também prevêem um declínio da oferta de 400.000 barris de gasolina.

Vale destacar que embora a recuperação dos preços do petróleo nas últimas sessões tenham sido apoiados por esperanças de aumento da demanda, juntamente com alguns sinais de desaceleração da produção, a oferta continua cara e as instalações de armazenamento estão quase cheias, alertam especialistas do setor.

“A questão não é se os preços parariam de subir, mas quando”, escreveu Bjornar Tonhaugen, diretor de mercados de petróleo da Rystad Energy.

“Os preços do petróleo tiveram uma alta nos últimos dias, já que havia muito entusiasmo entre os traders de que os cortes da OPEP +, os shut-ins existentes e alguma recuperação da demanda seriam suficientes para justificar uma recuperação do mercado”, disse ele. Ele se referia ao fechamento de plataformas de petróleo nos EUA e a um acordo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados para cortar 9,7 milhões de barris por dia até o final de junho, que entrou em vigor em 1º de maio.

“A demanda, que atualmente está no caminho da recuperação, ainda não é suficiente para trazer o equilibrar entre o petróleo produzido e o petróleo utilizado”, escreveu ele, defendendo a prudência dos investidores.

Na terça-feira, o WTI teve uma alta de quase 21%, marcando o maior fechamento desde 17 de abril, com investidores informando sinais de desaceleração da produção e o afrouxamento do Lockdown em todo o mundo, sugerindo que a demanda ainda pode retornar.

Especialistas em energia estão analisando um relatório pessimista sobre o mercado de trabalho, destacando que os danos econômicos causados pela pandemia de COVID-19, teve um forte impacto negativo nas expectativas da demanda por petróleo (WTI).

De acordo com dados do Automatic Data Processing as empresas do setor privado perderam 20,2 milhões de empregos em abril, uma vez que muitas foram obrigadas a fechar durante a quarentena, que foi instituída para retardar o coronavírus.

Preço do petróleo (WTI) não voltará a US$60 o barril, diz presidente da Petrobras

Roberto Castello Branco, atual presidente da Petrobras declarou que a pespectiva é que aconteça uma recuperação gradativa da economia em todo o mundo. Mas para ele o preço do barril do petróleo não vai voltar ao patamar dos 60 dólares.

“Háverá um equilibrio mas acreditamos que o preço não voltará aos níveis de 60 ou 70 dólares”, disse ele. O presidente da Petrobras também declarou que a estatal já reduziu os preço da gasolina em 52% este ano.

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