
- Goldman Sachs adquire 5,12% de exposição à PRIO por meio de derivativos financeiros, sem direitos políticos
- A operação envolve múltiplas subsidiárias e visa exposição financeira à petroleira, sem intenção de controle
- PRIO cumpre norma da CVM e comunica fato relevante à B3, reforçando sua governança corporativa
O Goldman Sachs, por meio de suas diversas subsidiárias, incluindo Goldman Sachs & Co. LLC, Goldman Sachs International (GSI) e o Goldman Sachs do Brasil Banco Múltiplo S.A., anunciou uma nova participação relevante na PRIO S.A. (B3: PRIO3), maior empresa independente de óleo e gás do Brasil.
Em 8 de abril de 2025, o conglomerado financeiro norte-americano informou ter adquirido uma posição em derivativos com liquidação financeira equivalente a 45.908.526 ações ordinárias da companhia. Dessa forma, representando 5,12% do capital social da PRIO.
A comunicação, feita conforme exigência do artigo 12 da Resolução CVM nº 44, demonstra o interesse do grupo Goldman Sachs em ampliar sua exposição à petroleira brasileira.
No entanto, o banco esclareceu que tais movimentações não envolvem debêntures conversíveis. E, contudo, não se associam a acordos de voto ou controle sobre os ativos da PRIO.
Participação expressiva via derivativos
O Goldman Sachs realizou operações no mercado de derivativos com liquidação exclusivamente financeira, sem aquisição direta de ações. A posição equivalente a mais de 45,9 milhões de papéis ordinários da PRIO chama atenção pelo volume, que ultrapassa 5% do total emitido pela companhia. Dessa forma, “obrigando o banco” a notificar formalmente o movimento às autoridades brasileiras.
As entidades do grupo Goldman envolvidas na operação incluem instituições reguladas nos Estados Unidos e no Brasil, todas sob o controle do The Goldman Sachs Group, Inc. A medida indica uma estratégia sofisticada de exposição à empresa por meio de instrumentos financeiros que não conferem, necessariamente, direitos políticos ou acesso ao controle acionário.
Conforme esclarecido no comunicado, as entidades Goldman não possuem participação direta em debêntures conversíveis da companhia e tampouco integram acordos envolvendo compra e venda de ações com direitos de voto. Isso reforça a natureza meramente financeira da operação. Assim, sem intenção de interferência na administração da PRIO.
PRIO reforça transparência
Após o recebimento da comunicação por parte do Goldman Sachs, a PRIO S.A. reiterou seu compromisso com a transparência e a governança corporativa ao divulgar publicamente o fato relevante. A companhia enviou as informações para a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e à B3, conforme exigido pelo regulador.
O movimento ocorre em um momento de grande interesse do mercado pelas ações da PRIO, que continuam entre as mais negociadas da B3. Assim, com desempenho destacado no setor de energia.
Embora a participação seja relevante, a companhia reforçou que a transação não altera sua composição acionária de controle nem sua estrutura administrativa.
A transparência da operação e o cumprimento rigoroso das normas da CVM reforçam o ambiente regulatório sólido do mercado de capitais brasileiro. A entrada de grandes instituições financeiras como o Goldman Sachs evidencia a atratividade da PRIO no cenário internacional. Além da confiança dos investidores institucionais no setor de óleo e gás nacional.