
- PF deflagrou operação Predatorius II contra fraudes milionárias na Caixa
- A Justiça bloqueou R$ 57 milhões e decretou a prisão preventiva de dois suspeitos.
- Esquema usava procurações públicas falsas para liberar saques de precatórios
A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (27) a Operação Predatorius II para investigar um esquema de fraudes em precatórios judiciais na Caixa Econômica Federal. A polícia cumpriu cinco mandados de busca e apreensão, dois de prisão preventiva e determinou o bloqueio judicial de R$ 57 milhões.
As investigações apontam que os criminosos usavam procurações públicas falsas lavradas em cartório para habilitar saques milionários. O caso veio à tona após a prisão em flagrante de um advogado e de um comparsa em 2024, quando tentavam retirar valores de forma irregular.
Como funcionava o esquema
De acordo com a PF, a quadrilha simulava autorizações legais por meio de procurações adulteradas. Esses documentos falsos eram registrados em cartórios para dar aparência de legitimidade e, assim, possibilitar o saque de precatórios de alto valor.
O golpe chamou atenção justamente pelo montante envolvido: um único saque frustrado alcançava R$ 57 milhões. Foi essa tentativa que levou à prisão em flagrante e deu origem à investigação aprofundada.
Desse modo, a operação atual busca identificar todos os envolvidos, mapear a rede de apoio e rastrear o destino dos recursos que já possam ter sido desviados.
O papel da Caixa
A Caixa informou que atua em colaboração direta com a PF e com o Ministério Público. O banco destacou que mantém protocolos rígidos de segurança para evitar esse tipo de fraude e que reforçou os mecanismos de controle após o episódio.
Além disso, em nota a instituição afirmou que trabalha alinhada ao compromisso com a transparência e a integridade do sistema financeiro, mantendo sigilo nas apurações para proteger informações sensíveis e preservar a confiança dos clientes.
Portanto, segundo fontes próximas ao caso, a rápida comunicação da área de segurança da Caixa foi decisiva para a deflagração da operação e para conter o esquema.
Impacto e próximos passos
Especialistas ressaltam que crimes dessa natureza representam riscos elevados ao sistema financeiro, pois envolvem somas expressivas e podem abalar a confiança dos investidores. A PF reforça que novas fases da investigação não estão descartadas.
Ademais, além das prisões preventivas e do bloqueio milionário, a Justiça poderá determinar medidas adicionais de cooperação entre instituições financeiras e órgãos de fiscalização.
Por fim, o caso também deve alimentar o debate sobre a necessidade de maior digitalização e rastreabilidade dos processos de precatórios, reduzindo a possibilidade de fraudes em larga escala.