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Preço das passagens aéreas devem subir ainda mais

O diretor-geral da lata argumenta que não há uma solução simples ou mais barata disponível para o setor atingir a meta de zerar as emissões de carbono até 2050.

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O diretor-geral da lata argumenta que não há uma solução simples ou mais barata disponível para o setor atingir a meta de zerar as emissões de carbono até 2050.

Em informações, foi divulgado que a previsão do diretor-geral da Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata), Willie Walsh é de que o processo de descarbonização de aviação deve pressionar os preços das passagens aéreas, gerando custos adicionais para todos os passageiros.

Walsh ainda atribui isso ao valor mais elevado do combustível sustentável de aviação (SAF) e margens já apertadas das companhias do setor.

Para o diretor-geral da Iata não há nenhuma solução simples ou mais barata disponível para o setor atingir a meta de zerar as emissões de carbono até o ano de 2050. Walsh ainda informou que ainda que não é possível ainda quantificar com precisão o valor de mercado do SAF, as projeções indicam que o combustível sustentável, principal aposta para descarbonizar a aviação, pode custar entre duas a cinco vezes mais do que o usado atualmente.

“Aumentar os preços das passagens não é algo que queremos fazer, mas precisamos ser honestos: os valores devem, sim, subir. Não vejo como podemos fazer isso de outra forma”, afirma Walsh.

O diretor-geral ainda informou que está sendo irrealista ao considerar que as aéreas conseguirão absorver todos os custos da transição energética, sem repassá-los ao consumidor.

Tim Clark, presidente da Emirates informou que a aviação está no início de uma longa caminhada para a descarbonização.

“Pode ser que a indústria consiga absorver uma parte dos custos mais elevados vindos do SAF, mas não tudo. Isso depende também do comportamento do combustível atual”, afirmou Clark.

Os problemas na cadeia de suprimentos, têm atrasado a substituição das aeronaves atuais por modelos mais novos e menos poluentes, e acabou sendo um outro problema citado.

“A indústria está querendo crescer para atender a demanda e reduzir despesas, mas vamos continuar enfrentando problemas na cadeia de suprimentos”, reforça Clark, presidente da Emirates, durante painel promovido no encontro anual da Iata, que acontece em Dubai (Emirados Árabes) ao longo dos próximos dias.

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