Golpe financeiro

Shein engana clientes? Empresa pode ser condenada na Europa

Reguladores europeus acusam empresa de descontos falsos, manipulação digital e falta de transparência.

Shein
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  • A Shein pode ser multada em até 4% de seu faturamento anual na UE se não corrigir práticas enganosas
  • Autoridades de quatro países europeus exigem respostas em um mês, ampliando uma investigação iniciada em fevereiro
  • Além das acusações atuais, a Shein enfrenta críticas por impactos ambientais e trabalhistas

A Shein, gigante do comércio eletrônico sediada em Singapura, está sob fogo cerrado da União Europeia. A Comissão Europeia e autoridades de consumo de Bélgica, França, Irlanda e Holanda emitiram um alerta formal à empresa: corrija as violações às leis de proteção ao consumidor ou enfrente multas pesadas.

A multa pode chegar a 4% das vendas anuais da Shein nos países afetados, um golpe financeiro significativo para a marca conhecida por seus preços baixos.

Os reguladores, no entanto, apontaram uma série de práticas enganosas. Entre elas, estão a promoção de descontos falsos, o uso de técnicas digitais para pressionar compras, informações enganosas sobre produtos e a dificuldade de contatar o atendimento ao cliente.

“A Shein tem um mês para responder às nossas preocupações e propor soluções”, afirmou um representante da Comissão Europeia em comunicado.

Sob investigação

A empresa, que já estava sob investigação desde fevereiro, afirmou que está colaborando com as autoridades.

“Trabalhamos ativamente para resolver as questões levantadas”, disse um porta-voz da Shein.

No entanto, a pressão aumenta enquanto consumidores e legisladores exigem transparência.

Esta não é a primeira vez que a Shein enfrenta críticas. A marca, que conquistou o mercado com roupas baratas e lançamentos constantes, já foi acusada de violar direitos trabalhistas e danos ambientais. Agora, as acusações de práticas comerciais antiéticas podem manchar ainda mais sua reputação.

Enquanto isso, na França, o governo discute a implementação de uma “taxa das fast fashions” direcionada a empresas como Shein e Tamu, aumentando o custo de importações. A medida, portanto, reflete um crescente movimento europeu para frear o consumo desenfreado e proteger os direitos dos consumidores.

Rocha Schwartz
Paola Rocha Schwartz

Estudante de Jornalismo, movida pelo interesse em produzir conteúdos relevantes e dar voz a diferentes perspectivas. Possuo experiência nas áreas educacional e administrativa, o que contribuiu para desenvolver uma comunicação clara, empática e eficiente.

Estudante de Jornalismo, movida pelo interesse em produzir conteúdos relevantes e dar voz a diferentes perspectivas. Possuo experiência nas áreas educacional e administrativa, o que contribuiu para desenvolver uma comunicação clara, empática e eficiente.