Notícias

SideWalk anuncia pedido de recuperação judicial junto à dívidas

A marca de roupas SideWalk anunciou e apresentou pedido de recuperação judicial para fazer frente a dívidas estimadas em R$ 25,5 milhões.

Loja SideWalk
Loja SideWalk

A marca de roupas SideWalk apresentou nesta quarta-feira (7), um pedido de recuperação judicial para fazer frente a dívidas estimadas em R$ 25,5 milhões. Segundo a empresa, o conjunto entre a pandemia da covid-19, os altos preços dos aluguéis cobrados pelos shoppings e as mudanças climáticas foram os principais fatores que levaram à crise da rede. Cujas maiores coleções são voltadas à moda de inverno.

O processo, no entanto, corre na 3.ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais da Comarca de São Paulo (SP). O Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estadão) apurou, contudo, que o grupo até tentou negociação com seus credores uma recuperação extrajudicial. Mas, que não foi possível chegar a um acordo.

Conforme descrito na petição inicial, nos últimos 12 meses houve uma queda de 15% nas vendas da SideWalk, que “dependem das temperaturas frias”. O aumento do consumo via marketplaces e o “alto custo de ocupação” dos shopping centers também impactaram negativamente a saúde da empresa. Assim, afirmou a marca nos autos.

Fundado em 1982, o grupo SideWalk é composto pelas companhias Canroo e Mult-Side. O processo de recuperação judicial envolve 21 unidades. Isto, além de outras 12 em fase de fechamento. A marca, no entanto, conta ainda com 20 franquias que não integram o processo.

À Justiça, o grupo pede a antecipação do chamado “stay period”, sendo a antecipação da proteção contra credores. Dessa forma, até que o pedido de recuperação seja efetivamente aceito pelo juiz. Além disso, pede a manutenção dos serviços essenciais de internet, luz e telefonia.

Entre os fornecedores com quem a empresa tem débitos em aberto, o grupo cita Claro, Telefônica Brasil, America Net, Vogel, Terra, Telesp, Eletropaulo e Linx.

Casa do Pão de Queijo entra com pedido de recuperação judicial

  • A Casa do Pão de Queijo entrou com um pedido de recuperação judicial na última sexta-feira (28)
  • Segundo informações apresentadas no processo, a empresa declarou um passivo de R$ 57,5 milhões a ser renegociado
  • A Companhia, portanto, solicitou à Justiça a antecipação do “stay period”, período durante o qual as ações e execuções contra a empresa devedora são suspensas

A Casa do Pão de Queijo, uma das principais redes de cafeterias do Brasil, entrou com um pedido de recuperação judicial na última sexta-feira (28). Isto, na Vara de Competência Empresarial e de Conflitos Relacionados à Arbitragem da 4ª RAJ em Campinas (SP). O pedido abrange a CPQ Brasil S/A e suas 28 filiais, todas localizadas em aeroportos.

Segundo informações apresentadas no processo, a empresa declarou um passivo de R$ 57,5 milhões a ser renegociado. Do total, R$ 244,3 mil representam dívidas trabalhistas, enquanto R$ 55,8 milhões são devidos a quirografários (credores sem garantia específica). E R$ 1,3 milhão são dívidas com microempresas, além disso, com empresas de pequeno porte.

A ação menciona, contudo, que a dívida não afetada pelo processo de recuperação judicial totaliza R$ 53,2 milhões, além de um passivo tributário de R$ 28,7 milhões.

Na ação, a empresa alega ter sofrido um impacto severo pela pandemia. Ainda, mencionando problemas com uma parceria comercial que contribuíram para a crise. Adicionalmente, destaca os danos causados pela inundação do aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, onde quatro lojas “rentáveis e com fluxo de caixa significativo” estão localizadas.

Segundo a empresa, a tragédia climática resultou em um impacto financeiro negativo de R$ 1 milhão em vendas por mês. Além disso, uma perda de Ebitda de aproximadamente R$ 250 mil mensais.

“Sem previsão de retorno à normalidade, a empresa teve que demitir 55 funcionários, agravando ainda mais a crise.” Informa.

Suspensão das atividades

A Casa do Pão de Queijo, portanto, solicitou à Justiça a antecipação do “stay period“, período durante o qual as ações e execuções contra a empresa devedora são suspensas. Inicialmente, ele tem uma duração de 180 dias, com a possibilidade de prorrogação por mais 180 dias.

O pedido visa que o juiz determine a suspensão antes mesmo de decidir sobre o processamento da recuperação judicial.

Além disso, a empresa fez um pedido “urgente” para que o juiz ordene a manutenção de todos os contratos de locação e proíba a interrupção no fornecimento de energia elétrica.

A crise

A Casa do Pão de Queijo descreve no processo que experimentou um crescimento robusto no início dos anos 2000. Inicialmente operando com sucesso em diversos aeroportos administrados pela Infraero, foi convidada a expandir para novos aeroportos privatizados, como Guarulhos, Brasília, Galeão e Campinas.

O crescimento econômico do país e os grandes eventos como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 impulsionaram essa expansão. Em razão desse sucesso inicial, a empresa, contudo, decidiu continuar expandindo em 2018 e 2019, abrindo mais lojas próprias nos aeroportos recém-privatizados de Fortaleza, Porto Alegre, Goiânia, Salvador e Vitória.

A pandemia severamente afetou as operações da Casa do Pão de Queijo. A empresa, contudo, relatou na ação uma queda de 97% no faturamento nos três primeiros meses da pandemia e encerrou o ano de 2020 com uma redução total de 50%.

“As lojas recém-inauguradas em Fortaleza e Porto Alegre estavam ainda em fase de consolidação, e a empresa tinha financiamentos significativos a serem pagos”, afirma em ação.

“A manutenção dos altos valores de aluguel, mesmo em um cenário de baixíssimo movimento de passageiros, tornou a operação das lojas financeiramente insustentável”, complementa.


Sair da versão mobile