Saúde de Bolsonaro

Silas Malafaia preocupado com saúde mental de Bolsonaro na UTI

O Pastor Silas Malafaia expressou grande preocupação com o tratamento de Jair Bolsonaro na UTI. Ele afirma que, segundo o médico, os fortes medicamentos para dor podem impactar o raciocínio do ex-presidente, levantando dúvidas sobre sua condição para atividades públicas ou oficiais. Bolsonaro segue estável, mas internado.

03/02/2020) Presidente da República, Jair Bolsonaro concede entrevista ao  pastor Silas Malafaia, gravada em 20/12/2019..Foto: Isac Nóbrega/PR
03/02/2020) Presidente da República, Jair Bolsonaro concede entrevista ao pastor Silas Malafaia, gravada em 20/12/2019..Foto: Isac Nóbrega/PR

A internação do ex-presidente Jair Bolsonaro na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital DF Star, em Brasília, ganhou um novo ponto de tensão nesta segunda-feira (28). O pastor Silas Malafaia, conhecido por ser um dos aliados mais próximos e vocais de Bolsonaro, fez um alerta público sobre os potenciais efeitos colaterais do tratamento que o ex-presidente está recebendo. A principal preocupação, segundo Malafaia, envolve os medicamentos usados para controlar a dor intensa.

Em declaração, o pastor revelou detalhes de uma conversa que teve com o médico responsável pela cirurgia de Bolsonaro. “Eu conversei com o médico responsável pela cirurgia. Ele me disse que os medicamentos que Bolsonaro está tomando podem afetar a mente e a capacidade de raciocínio“, afirmou Malafaia. Ele explicou que, para que o ex-presidente consiga suportar a dor, que seria “insuportável”, a equipe médica estaria administrando “psicotrópicos”, termo geral para medicamentos que atuam no sistema nervoso central e podem alterar funções mentais.

Malafaia transmitiu ainda a apreensão do próprio médico quanto à condição de Bolsonaro para interações mais complexas. “O médico me disse que estava apreensivo de Bolsonaro, nessas condições, participar de live. Ele não tinha condições de receber uma oficial de Justiça nesse estado“, relatou o pastor, sugerindo que o estado mental do ex-presidente poderia estar comprometido pelos efeitos da medicação.

Enquanto a preocupação de Malafaia ecoa entre os aliados, o hospital divulgou um boletim médico oficial nesta segunda-feira. O documento informa que Jair Bolsonaro permanece internado na UTI para acompanhamento pós-operatório, mas seu quadro clínico é considerado “estável”. O boletim destaca que ele não apresenta febre nem dores no momento, e sua pressão arterial está controlada.

O hospital também trouxe notícias positivas sobre a recuperação de alguns órgãos. Os exames laboratoriais relacionados ao fígado mostram sinais de melhora. Além disso, apesar de ter sido diagnosticado com gastroparesia – uma condição que dificulta o esvaziamento do estômago –, o ex-presidente já apresentou movimentos intestinais espontâneos, um sinal importante de recuperação da função digestiva.

Como parte do processo de recuperação, a equipe médica iniciou a introdução cuidadosa de líquidos por via oral, incluindo água, chá e gelatina. No entanto, o suporte nutricional por via intravenosa (pela veia) ainda é mantido para garantir a nutrição adequada durante essa fase.

Diante do relato sobre os efeitos dos medicamentos, Silas Malafaia reforçou sua posição de que Bolsonaro deveria se abster completamente de atividades públicas ou que exijam plena capacidade de decisão no momento. “É uma temeridade que ele participe de lives ou receba visitas nesse estado”, enfatizou o pastor, ecoando a suposta preocupação médica sobre a clareza mental do ex-presidente sob efeito dos fortes analgésicos.

O Hospital DF Star informou ainda que Bolsonaro continua recebendo cuidados intensivos, incluindo sessões de fisioterapia motora para ajudar na recuperação dos movimentos e medidas preventivas contra trombose venosa, um risco comum em pacientes acamados ou em pós-operatório. A unidade hospitalar também reiterou que as visitas ao ex-presidente continuam restritas e que, por enquanto, não há previsão de alta da UTI. A declaração de Malafaia adiciona uma camada de complexidade ao quadro, levantando publicamente questões sobre o impacto neurológico de tratamentos intensivos, mesmo quando o paciente é reportado como clinicamente estável.

Fernando Américo
Fernando Américo

Sou amante de tecnologias e entusiasta de criptomoedas. Trabalhei com mineração de Bitcoin e algumas outras altcoins no Paraguai. Atualmente atuo como Desenvolvedor Web CMS com Wordpress e busco me especializar como fullstack com Nodejs e ReactJS, além de seguir estudando e investindo em ativos digitais.

Sou amante de tecnologias e entusiasta de criptomoedas. Trabalhei com mineração de Bitcoin e algumas outras altcoins no Paraguai. Atualmente atuo como Desenvolvedor Web CMS com Wordpress e busco me especializar como fullstack com Nodejs e ReactJS, além de seguir estudando e investindo em ativos digitais.