Tiago Reis, fundador da Suno, é suspenso pela CVM

• A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) suspendeu a autorização de diversos profissionais renomados do mercado financeiro para prestar serviços de administração de carteiras
• A medida afeta 876 pessoas físicas e 60 pessoas jurídicas que não entregaram o Formulário de Referência dos exercícios de 2022 e 2023 dentro do prazo, até 31 de março

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) suspendeu a autorização de diversos profissionais renomados do mercado financeiro para prestar serviços de administração de carteiras. A medida afeta 876 pessoas físicas e 60 pessoas jurídicas que não entregaram o Formulário de Referência dos exercícios de 2022 e 2023 dentro do prazo, até 31 de março. Entre os suspensos estão Tiago Reis, fundador da Suno, e José Berenguer, CEO do Banco XP.

Tiago Reis, um crítico vocal do Bitcoin e das criptomoedas, recentemente chamou esses ativos de “bolha” em um podcast. Dessa forma, argumentando que o lucro só ocorre quando alguém vende o ativo por um valor maior a outro investidor. Sua inclusão na lista de suspensões chamou atenção, assim, dado seu histórico de posicionamentos públicos sobre investimentos.

Outros nomes de peso também aparecem na lista da CVM, como Artur Wichmann, diretor de investimentos da XP, Pedro Guimarães, ex-presidente da Caixa Econômica, e Luiz Fernando Figueiredo, ex-diretor do Banco Central e atual presidente do conselho da Jive Investments. Além deles, figuram Flávio Calp Gondim, Aline Sun (cofundadora da Boost e da Guide Investimentos), Caio Ibrahim David (ex-CEO do Itaú BBA), Daniel Spilberg (sócio do BTG Pactual), Eduardo Ventura (do Bradesco Global Private Bank) e Fernando Beyruti (CEO do Itaú Private Banking).

Cancelamento

Segundo a CVM, as pessoas suspensas ainda podem continuar trabalhando em gestoras, bancos e outras instituições, mas estão impedidas de administrar carteiras de investimento.

Para reverter a suspensão, os envolvidos devem enviar um recurso fundamentado, dessa forma, acompanhado da comprovação do cumprimento das obrigações periódicas pendentes.