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No cenário atual, as ações da Nvidia estão no centro de um debate polarizado, dividindo investidores entre os céticos e os entusiastas, cada grupo projetando diferentes trajetórias para o valor das ações da empresa. A Nvidia, uma das gigantes do setor de tecnologia, tem sido uma força motriz na evolução da inteligência artificial e dos sistemas de processamento gráfico, o que levanta questionamentos sobre sua valorização e perspectivas futuras.
De um lado, há os céticos e vendidos que antecipam uma possível correção severa nas ações da Nvidia, apontando para exemplos passados de empresas de tecnologia que experimentaram quedas bruscas em suas avaliações. Por outro lado, encontram-se os entusiastas e os comprados, que enxergam a trajetória ascendente da Nvidia como apenas o começo de uma escalada mais impressionante. Alguns até ousam projetar que a Nvidia poderá ultrapassar a Apple em valor de mercado, demonstrando o otimismo exacerbado em relação à empresa.
Até o momento, os “short sellers”, ou seja, aqueles que apostam na queda das ações, estão enfrentando perdas significativas. Apenas na última quinta-feira, as posições vendidas resultaram em um prejuízo de US$ 826 milhões, e as perdas acumuladas no ano ultrapassam a marca dos US$ 11 bilhões. Essa situação ilustra a desafiadora natureza das posições de venda em um mercado em constante mutação.
No início deste ano, o valor de mercado (market cap) da Nvidia era de aproximadamente US$ 370 bilhões. Em apenas sete meses, esse valor mais que triplicou, atingindo a marca de US$ 1,14 trilhão. Embora ainda não tenha alcançado o patamar da Apple, que lidera com US$ 2,8 trilhões, a Nvidia se aproxima da Amazon (US$ 1,37 trilhão) e da Alphabet (US$ 1,64 trilhão), indicando sua crescente relevância no mercado.
De acordo com a média dos analistas pesquisados pela FactSet, o preço-alvo para as ações da Nvidia é de US$ 574, representando um potencial de valorização de 25%. Caso esse cenário se concretize, o valor de mercado da Nvidia poderia superar US$ 1,4 trilhão.
Um dos analistas mais otimistas em relação à Nvidia é Chaim Siegel, da Elazar Advisors, especializada em pesquisa de tecnologia para fundos de hedge e family offices. Siegel estabeleceu um preço-alvo de US$ 1.606 para as ações da Nvidia, o que, se alcançado, elevaria o valor de mercado da empresa para US$ 4 trilhões – uma marca inédita na história empresarial.
O domínio da Nvidia na oferta de chips para sistemas de inteligência artificial generativa, como o ChatGPT e o Bard, tem contribuído para vendas e lucros surpreendentes. A receita da divisão de data centers da Nvidia, na qual estão incluídas as vendas de processadores, atingiu impressionantes US$ 10,3 bilhões no segundo trimestre, mais que dobrando em relação ao trimestre anterior e sendo um destaque nos resultados financeiros da empresa.
A expertise da Nvidia em hardware e software para desenvolvimento de modelos de linguagem de grande escala (LLMs) para inteligência artificial também tem sido uma fonte de vantagem competitiva. A empresa está na vanguarda da computação acelerada e da inteligência artificial generativa, recebendo reconhecimento por sua posição de liderança.
Entretanto, o cenário de otimismo também traz consigo desafios e possíveis obstáculos. O acesso limitado a processadores, como as GPUs de última geração, as H100, representa uma das barreiras. A Nvidia e seus parceiros estão trabalhando para aliviar essa limitação, mas a demanda ainda supera a oferta, o que impacta o desenvolvimento da inteligência artificial.
Outro desafio é a disponibilidade de energia elétrica para alimentar a crescente demanda de data centers e sistemas de transmissão de dados, que aumenta conforme a expansão da inteligência artificial. Esse aspecto evidencia a complexidade da infraestrutura necessária para sustentar o avanço tecnológico.
Em resumo, a Nvidia se encontra no epicentro de um debate acalorado, onde o otimismo quanto ao seu papel na inteligência artificial contrasta com as preocupações sobre sua avaliação e obstáculos técnicos. A empresa acumula sucessos e está na vanguarda da inovação tecnológica, mas as incertezas em torno do seu futuro continuam a alimentar discussões e expectativas variadas entre os investidores e analistas.
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