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Onde investir com Selic a 9,25% e pensando nas eleições de 2022?

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A elevação da taxa Selic em 150 bps, levando-a para 9,25% ao ano, não foi nenhuma surpresa, afinal, muitos do mercado já estimavam tal magnitude, visto que na penúltima reunião do Copom o Banco Central já havia dado o tom.

Contudo, as eleições presidenciais do ano que fez e as “ameaças” ao teto de gastos fazem o mercado reconsiderar suas projeções para a Selic. Dessa forma, aberturas na curva de juros têm sido comuns nos últimos meses. Tudo isso impacta, inclusive, nossa atividade econômica – basta lembrar dos efeitos negativos no PIB de um juro maior.

De acordo com a analista de renda fixa e sócia fundadora da Nord, Marília Fontes, o cenário de inflação e juros altos já está no preço do mercado futuro de juros. Assim sendo, a elevação da Selic não pôs à mesa nenhuma oportunidade nova. Portanto, pensando na segurança contra a volatilidade esperada para um ano eleitoral, a analista fez suas considerações. Para ela, nesse cenário não há motivos para alocar grande parte de seus recursos em ativos de risco ou em prefixados ou IPCA.

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Dessa forma, se você é um investidor conservador, é mais coerente alocar 90% em renda fixa e 10% em renda variável. Além disso, se é moderado, 60% em renda e 40% em renda variável.

Quais os próximos passos do BC?

Alguns analistas começam a debater quais serão os próximos passos do BC. De acordo com alguns economistas e estrategistas, o Copom se mostrou ainda mais rígido no controle da inflação, ou em termos de mercado, mais hawkish, objetivando a volta das expectativas à meta. Isto é, mostra-se preocupado com a ancoragem das expectativas de inflação.

Entretanto, há alguns economistas de mercado que acreditam que o Banco Central está sendo mais hawkish do que o necessário. Assim sendo, ele estaria ignorando tendências que podem aliviar as pressões inflacionárias nos próximos meses.

“O comunicado reconhece algumas melhoras no cenário como o preço das commodities e das contas públicas. Mas deixa de mencionar os preços de energia que também podem contribuir positivamente, conforme o risco hídrico vai se dissipando.”

disse João Beck, economista e sócia da BRA.

A crise hídrica impactou negativamente a inflação brasileira, dado seu efeito sobre o setor agrícola, encarecendo os alimentos de forma geral. Dessa forma, alívios advindos dessa crise poderiam significar alívios também para a inflação brasileira.

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De acordo com o economista-chefe da Nova Futura Investimentos, Nicolas Borsoi, o Copom deve prezar pelo controle das expectativas de inflação, mesmo que os prêmios de riscos fiscais tenham se amenizado com a aprovação a PEC e a perspectiva de uma recessão econômica.

“Por ora, antecipamos nova alta de 1,50% na próxima reunião e outra alta de 1% na reunião de março, fazendo a taxa Selic encerrar o ciclo e 2022 em 11,75%.”

disse o economista-chefe.


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