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Operação internacional desmantela esquema de lavagem via criptomoedas

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Prisões de argentinos e chineses que usavam criptomoedas para lavagem de dinheiro no Paraguai.

Autoridades argentinas desarticularam uma rede criminosa internacional que envolvia argentinos e chineses suspeitos de comprar criptomoedas no Paraguai para ocultar crimes financeiros.

A megaoperação liderada pela Policía de Seguridad Aeroportuaria (PSA) resultou na prisão de 15 indivíduos, incluindo mulheres e homens, ligados a uma cadeia de supermercados chineses na Argentina.

Foi revelado uma complexa estrutura liderada por cidadãos chineses em parceria com argentinos e colombianos, cujo foco principal era lavar dinheiro por meio de transações obscuras envolvendo criptomoedas. Os suspeitos realizavam viagens ao Paraguai para efetuar operações e também usavam “laranjas” para ocultar ativos.

Prisões e apreensões de ativos marcam desfecho de investigação que revelou esquema internacional de lavagem de dinheiro

Uma operação internacional conduzida pela Policía de Seguridad Aeroportuaria (PSA) argentina resultou na desarticulação de um sofisticado esquema de lavagem de dinheiro envolvendo argentinos e chineses.

Os suspeitos, que supostamente compravam criptomoedas no Paraguai para ocultar crimes financeiros, foram alvo de mandados de busca, apreensão e prisão. A ação culminou na detenção de 15 indivíduos, incluindo duas mulheres, todos suspeitos de participação em uma organização criminosa associada a uma cadeia de supermercados chineses estabelecida na Argentina.

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A investigação teve início em 2020, quando as autoridades argentinas apreenderam quase cinco milhões de pesos escondidos sob o assento de um veículo durante uma ação de controle da Gendarmaria Nacional. A partir desse incidente, os agentes do PSA aprofundaram suas investigações, levando à descoberta de uma complexa estrutura liderada por cidadãos chineses em colaboração com argentinos e colombianos.

O esquema operava por meio de diversas táticas, incluindo a arrecadação de dinheiro em supermercados, transporte de valores em carros ocultos e operações com criptomoedas. Os suspeitos também aproveitavam a tríplice fronteira, viajando até o Paraguai para efetuar transações financeiras. Além disso, o uso de intermediários “laranjas” fazia parte do modus operandi para ocultar seus bens.

Durante a operação, as autoridades conseguiram localizar e apreender ativos relevantes para a investigação, incluindo 16 veículos de alto padrão, mais de 600 mil dólares, 24 milhões de pesos argentinos, entre outras moedas estrangeiras, bem como ouro, armas de fogo e munição. Além disso, foram encontrados contadores de dinheiro, máquinas de mineração de criptomoedas e outros elementos probatórios.

Os detidos permanecem sob custódia e à disposição da justiça federal, enquanto a investigação continua em busca de identificar outros possíveis envolvidos nesse esquema internacional de lavagem de dinheiro por meio de criptomoedas. A ação marca um importante passo no combate a crimes financeiros transnacionais e destaca a crescente importância das criptomoedas no cenário de lavagem de dinheiro internacional.

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Como é feito a lavagem de dinheiro com criptomoedas?

A lavagem de dinheiro por meio de criptomoedas é um processo complexo que envolve a tentativa de obscurecer a origem ilícita dos fundos, tornando-os aparentemente legítimos. Esse processo é semelhante à lavagem de dinheiro tradicional, mas aproveita as características únicas das criptomoedas para dificultar a rastreabilidade das transações. Aqui estão os passos básicos envolvidos na lavagem de dinheiro com criptomoedas:

  1. Aquisição de Criptomoedas: Os criminosos adquirem criptomoedas, muitas vezes usando dinheiro proveniente de atividades ilegais. Isso pode ser feito comprando diretamente de exchanges, através de transações ponto a ponto ou até mesmo minerando criptomoedas.
  2. Mistura de Transações: Para tornar as transações mais difíceis de rastrear, os criminosos usam serviços de mistura (mixers) ou exchanges descentralizadas que permitem misturar várias transações de diferentes origens, obscurecendo a conexão entre os endereços de envio e recebimento.
  3. Transferências Entre Carteiras: Os criminosos dividem os fundos em várias carteiras diferentes, transferindo as criptomoedas entre elas. Isso dificulta a análise forense das transações e torna mais complicado seguir o rastro do dinheiro.
  4. Transações Anônimas: As criptomoedas oferecem um certo grau de anonimato, já que as carteiras não estão diretamente ligadas a identidades pessoais. Os criminosos podem usar várias carteiras e endereços diferentes para dificultar a identificação do proprietário original.
  5. Conversão para Outras Criptomoedas: Para complicar ainda mais a rastreabilidade, os criminosos podem converter as criptomoedas em outras moedas virtuais ou tokens, usando várias exchanges e serviços de conversão.
  6. Realização de Transações Legítimas: Após realizar várias etapas de mistura e transferência, os criminosos podem, então, usar as criptomoedas aparentemente limpas para fazer transações legítimas, como compras de bens e serviços ou investimentos em ativos reais.
  7. Conversão para Moedas Fiat: Finalmente, os criminosos podem converter as criptomoedas de volta para moedas fiduciárias (como dólares, euros etc.) por meio de exchanges regulares, ocultando a origem ilegal dos fundos.
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É importante ressaltar que as atividades de lavagem de dinheiro utilizando criptomoedas estão sujeitas a investigações e medidas de conformidade regulatória em muitos países. As autoridades e empresas de análise forense podem empregar técnicas avançadas para rastrear transações e identificar padrões suspeitos, tornando mais difícil para os criminosos se beneficiarem do anonimato oferecido pelas criptomoedas.


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