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Para deslanchar seu banco de investimento, Credit Suisse está buscando investidor estrangeiro

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O Credit Suisse está tentando atrair um investidor externo para injetar dinheiro em uma cisão de seus negócios de consultoria e banco de investimento, informa a Bloomberg. A instituição que surgiria desse spin-off seria como uma butique de investimentos, que juntaria as equipes de consultoria e a unidade de negócios alavancados, segundo fontes. O investidor externo assumiria uma participação parcial para fornecer capital e ajudar a financiar os custos de contratação e retenção de talentos. As negociações para reviver o nome First Boston para as empresas desmembradas, que obteriam a maior parte de sua receita dos EUA, também estão avançando, disseram as fontes. O Credit também está considerando outras opções.

Crise no Credit Suisse? Entenda o que está acontecendo

Uma das principais instituições financeiras do mundo, o Credit Suisse enfrenta uma severa crise de confiança, e seus problemas podem representar um risco sistêmico ao setor financeiro global dado o amplo relacionamento com outras instituições.

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Um problema mais sério no Credit Suisse poderia ser o ‘black swan’ que agravaria os dois grandes movimentos globais de alta de juros e correção nas Bolsas – mas há relatos de que a autoridade monetária suíça já está trabalhando numa solução; uma opção lógica seria a fusão do banco com o outro gigante nacional, o UBS. Numa solução doméstica, a autoridade monetária suíça poderia dar garantias de cobrir passivos desconhecidos que possam emergir após uma fusão.

Com a ação do Credit Suisse negociando a 0,25x book, o mercado está apostando que o valor patrimonial do banco é substancialmente menor do que o que está marcado no seu balanço.

Os credit default swaps do Credit Suisse, isto é, o custo de se proteger contra um default do banco, subiram a níveis inéditos, na medida em que as contrapartes do CS tentam se proteger de um colapso.

O preço do contrato de 5 anos, que estava em 57 pontos-base/ano no início do ano, atingiu 350 pontos-base/ano hoje (ou 17,50% ao longo de cinco anos) – mais do que no pico da crise de 2008 – e o preço da ação renovou suas mínimas históricas. De acordo com o Financial Times, executivos do banco suíço passaram o fim de semana em conversas com banqueiros, clientes e investidores, procurando esclarecer questionamentos quanto à liquidez da instituição.

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As ações da companhia estavam enfrentando a desconfiança do mercado, mas começaram a se recuperar juntamente com o movimento de otimismo em Wall Street nos últimos dias.

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O que dizem os clientes brasileiros?

A crise do Credit Suisse tem preocupado clientes brasileiros da instituição, informa o Estadão. Executivos do banco têm sido procurados por investidores que querem saber da situação financeira do grupo e dos rumos da operação brasileira, após as ações do Credit caírem para mínimas históricas e o Credit Default Swap (CDS), espécie de seguro que protege contra calotes, disparar e superar os níveis da crise financeira mundial de 2008.

O comando do banco no país diz que a instituição está financeiramente saudável e os negócios seguem normalmente. Segundo eles, os indicadores de capital da filial brasileira estão superiores aos dos concorrentes e a operação local não precisa de capital da matriz em Zurique. A imprensa suíça diz que o Credit estuda a venda da operação de gestão de fortunas na América Latina, mas não no Brasil.

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