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A Camil (CAML3) divulgou hoje um esclarecimento a respeito do preço global da aquisição das empresas que são donas da Mabel, anunciado no último dia 23. O esclarecimento foi motivado por um questionamento da CVM a respeito de uma matéria do Valor Pipeline, cujo título dizia que a compra da Mabel da Pepsico havia sido uma pechincha, por ter ficado abaixo de R$ 200 milhões.
Além de reapresentar o fato relevante sobre a aquisição, acrescentando o valor do negócio (R$ 152,8 milhões) e as condições de pagamento após questionando da autarquia, a Camil informou que a capacidade das duas plantas fabris existentes de propriedade das sociedades adquiridas é de 110 mil toneladas por ano, sendo que a capacidade efetivamente utilizada em 2021 foi de 66 mil toneladas, o que representa uma capacidade ociosa de aproximadamente 40%.
Segundo a empresa, a receita líquida dos ativos atualmente é de R$ 421 milhões.
Portanto, conforme informou o presidente da companhia, Luciano Quartiero, à imprensa, há espaço para dobrar o faturamento das sociedades, uma vez que já existe capacidade instalada para produzir o dobro do que foi produzido no último ano. A empresa também adquiriu o direito de usar a marca Toddy em cookies.
Pepsico vendeu Mabel após prejuízo de mais de R$ 500 milhões em dez anos
A Pepsico vendeu a Mabel para a Camil (#CAML3) nesta semana, dez anos após ter comprado a companhia. Uma fonte disse ao Broacast que as perdas da multinacional com a fabricante de biscoitos superaram os R$ 500 milhões no período, sem contar a inflação.
Dez anos atrás, a Pepsico pagou R$ 700 milhões pela Mabel, mas a vendeu por R$ 152,8 milhões. De acordo com a fonte, a ordem “era sair rápido do negócio, por isso o preço foi tão baixo”.
A compra da Mabel ocorre num momento de diversificação para a Camilm que tem ampliado seu portfólio. Há um ano, a empresa comprou a marca de massas Santa Amália e também tem uma operação de pescados enlatados.
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