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Imagem/Reprodução Petrobras
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Petrobras não tem plano de longo prazo, diz ex-CEO

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  • Demissão de Jean Paul Prates da presidência da Petrobras na última semana, sob pressão dos ministros da Casa Civil e de Minas e Energia.
  • Contexto de instabilidade na empresa, com oito presidentes em oito anos, desde a gestão de Pedro Parente (2016-2018).
  • Introdução de políticas controversas durante a gestão de Parente, como o preço de paridade de importação (PPI).
  • Disputas políticas em torno do papel da Petrobras na transição energética do Brasil.
  • Discussões sobre soluções climáticas e energéticas durante o evento Converge Capital Conference em São Paulo, com participação de Parente.
  • Destaque para a complexidade das decisões relacionadas ao futuro energético do país.

Na última semana, ocorreu mais uma mudança significativa na liderança da Petrobras, destacando as disputas políticas em torno do papel da empresa na transição energética do país. Após oito presidentes em um período de oito anos, Jean Paul Prates foi demitido por pressão dos ministros da Casa Civil, Rui Costa, e de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

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A demissão de Prates marca mais um capítulo de instabilidade na história recente da Petrobras. Esta turbulência remonta à gestão de Pedro Parente, entre 2016 e 2018, quando foram introduzidas políticas como o preço de paridade de importação (PPI), que desde então tem sido alvo de controvérsias.

As divergências sobre o papel da Petrobras na transição energética do Brasil foram o ponto central das tensões que levaram à demissão de Prates. Esta questão foi discutida por Parente durante sua participação no evento Converge Capital Conference, em São Paulo, onde soluções climáticas e energéticas para o país foram debatidas.

A Petrobras continuará sendo um campo de batalha político enquanto o Brasil avança em direção à transição energética, buscando equilibrar interesses econômicos com preocupações ambientais. Esta demissão recente destaca a complexidade e a sensibilidade das decisões relacionadas ao futuro energético do país.

Em entrevista a Folha de São Paulo hoje, o presidente da estatal no governo Temer, argumentou que durante sua gestão trabalhou mirando o planejamento a longo prazo.

No longo prazo, a Petrobras tem a característica de ser uma empresa estatal. Não que isto obrigatoriamente leve a este problema, mas no Brasil leva, que é descontinuidade. A gente está vendo quatro presidentes em dois anos.

Mas o problema básico é como fazer projetos de longo prazo se você muda com frequência a gestão. O meu sucessor foi o Ivan Monteiro e o sucessor dele foi o [Roberto] Castello Branco, que tinha uma visão completamente diferente. O que ele quis fazer foi concentrar a Petrobras na obtenção de resultados de curto prazo, abandonando completamente esse desenvolvimento de um planejamento estratégico de mais longo prazo. Então, a Petrobras sofre um grande problema por essa descontinuidade.

Pedro Parente em entrevista a Folha.
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