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Nesta segunda-feira (25), os preços do petróleo registraram queda expressiva após relatos de que Israel e o grupo extremista Hezbollah teriam chegado a um acordo de cessar-fogo. O movimento derrubou os preços dos contratos futuros tanto do Brent quanto do West Texas Intermediate (WTI), principais referências do mercado de petróleo global.
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Indicadores de mercado
O petróleo Brent, usado como parâmetro no mercado internacional, encerrou o dia com baixa de 2,87%, negociado a US$ 73,01 por barril para contratos com vencimento em janeiro de 2025, na Intercontinental Exchange (ICE) de Londres. Apesar da retração diária, o Brent acumulou ganhos semanais de 5,7%, marcando sua melhor sequência desde o final de setembro.
Já o WTI, referência no mercado norte-americano, caiu 3,23%, para US$ 68,94 por barril nos contratos com vencimento em janeiro, negociados na New York Mercantile Exchange (Nymex). Nos últimos cinco pregões, o WTI avançou 6,5%, atingindo os níveis mais altos desde 7 de novembro.
Cessar-fogo e geopolítica
O recuo nos preços do petróleo foi impulsionado por relatos divulgados pela CNN de que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, teria aprovado “em princípio” um cessar-fogo com o Hezbollah, no Líbano. O acordo, segundo fontes, foi discutido durante uma consulta de segurança realizada na noite de domingo (24).
O suposto cessar-fogo aliviou temores no mercado sobre uma escalada das tensões no Oriente Médio, região estratégica para a produção e transporte de petróleo. “Os investidores reagiram rapidamente aos relatos de desescalada no Oriente Médio, que tradicionalmente afetam diretamente os preços do petróleo”, explicou Michael Tran, analista sênior do RBC Capital Markets.
Enquanto isso, os conflitos entre Rússia e Ucrânia permaneceram em segundo plano. Na semana anterior, o disparo de um míssil hipersônico russo contra a Ucrânia havia intensificado os temores geopolíticos, em resposta aos ataques de Kiev realizados com armas ocidentais.
Expectativas para a Opep+
Outro fator que influencia o mercado é a expectativa em torno da próxima reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+), marcada para domingo (1º). Fontes ouvidas pela Reuters indicam que o grupo deverá manter os cortes atuais de produção, que foram ampliados no início deste ano para sustentar os preços em meio a preocupações com a demanda global.
A Opep+, que inclui países como Arábia Saudita e Rússia, desempenha um papel central no controle da oferta de petróleo, sendo responsável por cerca de 40% da produção mundial. “Manter os cortes é uma estratégia para evitar que os preços voltem a cair drasticamente, especialmente diante das incertezas econômicas globais”, avaliou Helima Croft, analista da RBC.
Perspectivas de mercado
Apesar da queda observada nesta segunda-feira, o cenário de curto prazo para o petróleo permanece volátil. Especialistas alertam que, além dos desdobramentos geopolíticos, os dados econômicos dos Estados Unidos e da China, principais consumidores globais de petróleo, continuam a moldar as expectativas de demanda.
No acumulado do mês, o Brent e o WTI ainda apresentam perdas, reflexo de preocupações persistentes com a desaceleração econômica global e o impacto das altas taxas de juros em países desenvolvidos.
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