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Na última sexta-feira (7), a Cosan (CSAN3) anunciou a compra da participação de até 6,5% da Vale. Após o anúncio, a ação da empresa caiu quase 9%.
De acordo com o chief strategy officer da Cosan, Marcelo Martins, o investimento na Vale contribui para o avanço da elaboração de um portfólio de negócios de recursos naturais.
“O que mudou desta vez foi a forma como estruturamos a aquisição, e o fato de que não teremos o controle do negócio, ainda que possamos ajudar muito.”
disse Marcelo Martins.
Parte dos recursos utilizados na compra (1,5%) partiu do financiamento através dos bancos Itaú e Bradesco. Para o pagamento, a Cosan irá utilizar uma estrutura de ações preferenciais resgatáveis. Ou seja, ela disporá de parte dos dividendos que recebe das empresas Compass e Raízen.
Os outros 5% da compra fará parte de uma estrutura com derivativos. Assim, a Cosan fará o primeiro desembolso apenas no final 2024, o que garante tempo suficiente para analisar os resultados, segundo a empresa.
Além disso, a expectativa é que a geração de caixa somado aos dividendos adquiridos pela Vale sejam suficientes para o pagamento de todas as obrigações da empresa, bem como a distribuição de dividendos para os acionistas.
A empresa também garante de que não há interesse na venda de empresas para financiar a compra da Vale. Assim, a prioridade é prosseguir no plano de investimentos previstos.
Reação do mercado
A compra de participação da Vale representa um dos principais movimentos estratégicos da holding construída pelo empresário Rubens Ometto, que tem valor de mercado de cerca de R$ 34 bilhões na B3 (B3SA3). A Vale, por sua vez, é a segunda companhia mais valiosa da bolsa, com R$ 360 bilhões, atrás da Petrobras.
Entretanto, o mercado não reagiu bem às movimentações. Após anunciar compra relevante de participação na Vale (VALE3), as ações da Cosan (CSAN3) chegaram a bater queda de 7,79% (R$ 16,82). Esta foi uma das maiores baixas do Ibovespa.
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