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Presidente da Toyota não vê eletrificação em massa: entenda

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Akio Toyoda, presidente da Toyota (TMCO34), acredita que os carros elétricos terão no máximo 30% do mercado. Para ele, o restante será dividido entre veículos com híbridos, de células combustível a hidrogênio e de combustão. A posição do executivo vai na contramão de outras montadoras, que se preparam para um cenário de presença majoritária dos veículos com a tecnologia a longo prazo.

Toyoda, que é neto do fundador da empresa, acredita que a impopularidade do carro elétrico pode ser decretada por conta do alto preço, além do índice elevado de pessoas que vivem sem energia elétrica. Em todo o mundo, 675 milhões de pessoas vivem sem eletricidade. É o que aponta um relatório divulgado em junho de 2023, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), Banco Mundial, além de outras organizações. O documento revela que o objetivo de desenvolvimento sustentável da ONU, que busca garantir energia limpa e acessível para todos até 2030, ainda está longe de ser alcançado.

“Os clientes, não as regulamentações políticas, devem tomar essa decisão”, afirmou.

Potencial contínuo dos motores a combustão

Toyoda acredita que tecnologias como a propulsão híbrida e a célula de combustível a hidrogênio se consolidarão como alternativas viáveis não só para a indústria automobilística, mas também para os clientes e o meio ambiente. O executivo expressa otimismo em relação à continuidade dos motores a combustão como parte do cenário automobilístico. Ele anunciou o compromisso da montadora em investir no desenvolvimento contínuo desses motores.

“Os motores vão continuar, e certamente permanecerão relevantes”, declarou

Entretanto, é interessante notar que essa posição contrasta com a estratégia anterior da empresa. A Toyota, sob a gestão de Koji Sato, sinalizou um foco maior no desenvolvimento de veículos elétricos. No ano passado, o CEO da Toyota declarou que a empresa planejava vender 1,5 milhão de carros elétricos anualmente a partir de 2026, com um aumento para 3,5 milhões de unidades até 2030.

O futuro é elétrico?

Essa questão sobre o futuro da indústria automobilística ser predominantemente elétrico ou não, permanece em debate. Enquanto a Toyota aposta na continuidade dos motores a combustão, projeções da BloombergNEF sugerem que os veículos elétricos podem responder por 75% das vendas de automóveis novos e 44% da frota de carros de passeio em circulação até o ano de 2040. A indústria automobilística continuará a evoluir e se adaptar às demandas e tendências em constante mudança do mercado.

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Há anos, Toyoda defende a “abordagem de múltiplos caminhos”, que enfatiza a importância de permitir que os clientes escolham os motores que atendam às suas necessidades. Além disso, a empresa acredita que a transição para veículos elétricos não acontecerá tão rapidamente quanto alguns previam.

No ano passado, o CEO Koji Sato anunciou que a Toyota planeja vender 1,5 milhão de veículos elétricos a bateria por ano até 2026, e 3,5 milhões até 2030.

Acesso à eletricidade

Embora o número de pessoas que vivem sem eletricidade tenha caído quase pela metade na última década, ainda havia mais de meio bilhão de pessoas sem energia em 2021, conforme o relatório divulgado pela ONU. 

Apesar do avanço na transição para energia limpa, os dados indicam que ainda há muito trabalho a ser feito para garantir um acesso sustentável, seguro e universal aos serviços modernos de energia.

Embora haja avanços na utilização de energia renovável no setor elétrico, esses progressos ainda não são suficientes para alcançar as metas estabelecidas pela ONU. Além disso, de acordo com dados da Agência Internacional para as Energias Renováveis (IRENA), os fluxos financeiros internacionais para energia limpa diminuíram em países de baixa e média renda no período anterior à pandemia de Covid-19.

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Os aumentos na dívida e nos preços da energia também afetam negativamente as perspectivas de garantir o acesso universal a sistemas de cozinha limpa e eletricidade. As projeções atuais indicam que, em 2030, cerca de 1,9 bilhão de pessoas precisarão desses sistemas, e 660 milhões ainda permanecerão sem acesso à eletricidade.


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