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Roberto Campos Neto, presidente do BC, afirma que aproximar criptomoedas do governo facilita a regulação, ao invés de proibi-las.
Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central do Brasil (BCB), destacou a importância de trazer as criptomoedas para mais perto do governo para facilitar sua regulamentação, em vez de proibi-las.
Durante um evento em Brasília, ele enfatizou a necessidade de adaptação às inovações tecnológicas e a integração das criptomoedas ao sistema financeiro tradicional. Campos Neto argumentou que compreender e regular as criptomoedas é mais eficiente do que tentar bani-las, considerando a natureza descentralizada e a constante evolução do setor.
Aproximação das criptomoedas com o governo para melhor regulamentação
Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central do Brasil, defendeu a integração das criptomoedas ao sistema financeiro tradicional como uma maneira mais eficaz de lidar com elas do que a proibição. Durante um evento em Brasília, ele ressaltou a importância de compreender e regular as criptomoedas, aproximando-as do governo.
Esta abordagem permitiria uma regulamentação mais eficiente e um melhor entendimento do setor, reduzindo surpresas e instabilidades no mercado financeiro.
Campos Neto enfatizou que proibir as criptomoedas poderia ser contraproducente, dada a interconexão dos fluxos financeiros entre o setor regulado e não regulado. Ele também apontou que tentar regular o Bitcoin seria inútil, sugerindo que a regulação deveria focar nas empresas do setor de criptomoedas. O Banco Central do Brasil, sob sua liderança, está trabalhando em diretrizes para regular as corretoras de bitcoin e criptomoedas no país.
A posição de Campos Neto reflete uma compreensão profunda do assunto e uma abordagem pragmática para lidar com as criptomoedas. Esta visão contrasta com a de outros bancos centrais, como o da China, que tentaram banir as criptomoedas e enfrentaram desafios significativos.
IA pode ser usada para combater lavagem de dinheiro, diz Campos Neto
Falando sobre tecnologias, ao mesmo tempo em que impõe desafios, a inteligência artificial (IA) traz oportunidades no combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo, disse nesta segunda-feira (4) o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto. Ele participou de um seminário que celebra os 25 anos da lei de combate a esse tipo de crime.
“Antevemos, por exemplo, o uso de inteligência artificial como ferramenta auxiliar nesse trabalho [de combate à lavagem de dinheiro], mas há desafios, pois as novas tecnologias também podem ser usadas para operações ilícitas”, disse o presidente do BC em cerimônia promovida pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
Sobre as tecnologias atuais, Campos Neto disse que o Brasil tem se aperfeiçoado no rastreamento da origem de recursos ilegais. “Temos avançado em uma ampla agenda de novas tecnologias que têm o potencial de elevar a rastreabilidade das operações e tornar o combate e a prevenção dessas atividades ilícitas ainda mais efetivo”, afirmou.
Em discurso, o presidente do BC fez um balanço sobre os avanços do Brasil nas duas áreas: combate à lavagem de dinheiro e ao repasse de dinheiro ao terrorismo. Como principais marcos, Campos Neto citou o alinhamento do país a diretrizes da Organização das Nações Unidas (ONU) e do Grupo de Ação Financeira da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Ele disse que o Brasil manterá o compromisso de reprimir os crimes financeiros e que o BC continuará a colaborar com os órgãos de controle.
“Posso afirmar que essa cooperação tem gerado muitos bons resultados. A atuação do Banco Central tem contribuído para viabilizar importantes operações conduzidas pela Polícia Federal, pelo Ministério Público e demais órgãos de controle”, declarou. Desde que a lei entrou em vigor, disse Campos Neto, o Banco Central fez 33 milhões de comunicações ao Coaf, das quais 5,5 milhões apenas no ano passado.
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