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1. Quais são as principais tendências cambiais no último trimestre deste ano?
R: Neste momento, muitos especialistas ainda apostam na alta das moedas com relação ao real, devido a queda da Selic nos últimos dois ciclos e a decisão do Fed em manter um ciclo mais rigoroso de alta nos EUA. Com a diferença das taxas de juros os ativos no Brasil ficam menos atrativos para os investidores estrangeiro, o que provoca retirada de capital do país e consequentemente, favorece a alta das moedas estrangeiras (principalmente o dólar).
2. fatores econômicos e políticos podem impactar a taxa de câmbio nos próximos meses?
R: As taxas de câmbio são impactadas por fatores políticos e econômicos dos países, segue no radar dos investidores os indicativos de como serão os próximos ciclos dos bancos centrais. Alguns dos indicadores mais importantes são de inflação, trabalho, crescimento econômico e risco de crédito.
3. Como as políticas monetárias dos principais bancos centrais ao redor do mundo podem influenciar a taxa de câmbio no Brasil no semestre?
R: O principal instrumento das políticas monetárias dos países são as taxas de juros; a taxa de juros elevada no Brasil, garante aos investidores maior remuneração, o que atrai capital do exterior e favorece a moeda local. Embora os juros continuem altos no Brasil, o novo corte realizado em 20/09/2023 indica a sequência de reajuste iniciado em agosto.
Diferente do que vem ocorrendo no Brasil, nos EUA (maior economia do mundo), o Fed ainda mantém um ciclo de alta mais rigoroso; a taxa de juros está no maior patamar dos últimos 22 anos. A análise de risco x retorno com relação aos ativos brasileiros e americanos, tendem a fazerem com que os investidores retirem capital do Brasil.
Portanto, com os juros mais altos em grandes economias os ativos brasileiros se tornam menos atrativos aos investidores exterior e uma das consequências desse movimento é a desvalorização do real (elevação do câmbio frente aos principais pares).
4. O dólar pode ultrapassar os R$ 5 no último trimestre? Por que?
R: Criou-se uma forte resistência no dólar em romper os R$5,00 desde abril de 2023, com a próxima resistência gráfica em torno de R$5,10. O rompimento dessa primeira resistência ocorreu no dia 27/09/23 bem no final do terceiro trimestre do ano e para o último trimestre tudo indica que mantenha esse novo patamar. O maior motivo de influência do câmbio nesse momento são as taxas de juros no Brasil e no mundo.
5. O último trimestre será um momento propício para a compra de moeda estrangeira? Por que?
R: Sim, no último trimestre do ano, sempre vemos um aumento significativo de pagamentos internacionais e também compra de moeda em espécie para viagem; é o momento onde muitas empresas e pessoas se programam para o período de recesso, então a dica é acompanhar o mercado aproveitando as volatilidades que ocorrem continuamente nesse período de ano.
6. Para o investidor brasileiro que faz remessas internacionais, quais serão as melhores oportunidades no último trimestre do ano?
R: As melhores oportunidades estão nos momentos de queda do mercado; como são muitos os fatores que influenciam a cotação, é importante estar atento aos indicadores políticos e econômicos para aproveitar esses momentos. Através da WIT temos sistemas e monitores de operações com gatilhos de informação para apoiar o investidor a realizar as remessas nos momentos de queda.
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