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Se você é um dos investidores amante das ações de instituições financeiras, já deve ter sido pego nesse dilema ao montar sua carteira de investimentos. Afinal, qual ação é melhor: Banco Inter (BIDI11) ou Nubank (NUBR33)?
Ambas as companhias criaram certa “rivalidade” ao “polarizar” o mercado de bancos digitais no Brasil. No entanto, com a recente estreia das ações do Nubank nos Estados Unidos, a rivalidade saiu das plataformas de aplicativos e chegou à Bolsa de Valores. Neste contexto, o Guia do investidor vai te ajudar de uma vez por todas a entender as vantagens e desvantagens das ações destas companhias.
Além disso, se o seu medo é acreditar em análises na internet, saiba que estas expectativas foram traçadas por alguns dos principais analistas do mercado, como a equipe de análise do Goldman Sachs e os analistas do UBS BB! Confira agora mais detalhes!
O que os analistas esperam do Nubank?
Assim, o Goldman Sachs e UBS BB iniciaram a cobertura da ação do Nubank (NU) com recomendação de compra — o preço-alvo foi definido em US$ 15 e US$ 12,50, potencial alta de 59,9% e 33%, respectivamente.
Para o Goldman Sachs, o atual valor da fintech pode parecer caro, a US$ 43 bilhões, mas o banco justifica em parte do preço-alvo com o múltiplo preço sobre lucro de 13,5 vezes para 2025. Enquanto pares internacionais são negociados a 19,1 vezes.
O banco norte-americano fala em possibilidade de crescimento de forma anticíclica. Em meio a uma piora da economia brasileira, impulsionada pela tecnologia da companhia e baixa participação de mercado.
“Com 35 milhões de usuários ativos gerando receita na base mensal, a companhia já mostra níveis altos de monetização”.
O Goldman Sachs avalia que o Nubank está bem posicionado para crescer em outras países da América Latina, apesar de mencionar riscos regulatórios e de execução.
Além disso, o UBS prevê que o Nubank chegue a 100 milhões de clientes em 2026 — seriam 80 milhões no Brasil, 15 milhões no México e 6 milhões na Colômbia.
Banco Inter: o que esperar?
Por outro lado, o banco de investimentos UBS BB está mais otimista do que o mercado e avalia que já chegou a hora de o investidor voltar a comprar os papéis do Banco Inter (BIDI11) na Bolsa, revela um relatório enviado a clientes.
A recomendação foi elevada de neutra para compra, enquanto o preço-alvo foi cortado de R$ 81 para R$ 46, o que representa um potencial de valorização de aproximadamente 72%.
O consenso dos analistas para os resultados do banco para 2022 começou a ser cortado após a revelação dos dados operacionais do terceiro trimestre de 2021 e as correções nas avaliações continuaram após a publicação do balanço e do dia do investidor.
Os analistas Thiago Batista, Olavo Arthuzo e Philip Finch avaliam que os investidores estão muito focados no aumento do custo do capital próprio do banco e subestimam outros aspectos.
Eles ressaltam que o juro do título de 10 anos do Brasil terminou a 10,3% em 2021 e deve continuar em elevação durante o ano eleitoral de 2022. Com isso, o custo médio de capital para os bancos que o UBS BB cobre está em 13,5, enquanto que para o Inter está em 14,1%.
O relatório ainda destaca que o mercado está pagando quase nada por novas iniciativas e que o Inter negocia com uma capitalização de mercado por cliente com desconto em relação aos concorrentes mais próximos.
Nesta comparação, cada cliente do Inter está avaliado a US$ 270, enquanto que o do Nubank está a US$ 810.
“Acreditamos que os riscos agora estão inclinados para o lado positivo”, concluem.
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