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A Rede D’Or (RDOR3) comunicou ontem a compra da Biocor Instituto, um hospital geral de alta complexidade. Dessa forma, entra no terceiro maior mercado do Brasil, que é Belo Horizonte. O valor? R$ 382,5 milhões por 51% da companhia, um múltiplo de aproximadamente 10,7x EBITDA.
De acordo com a Rede D’Or, estima uma receita de R$ 300 milhões nos próximos 12 meses e um EBITDA de R$ 70 milhões. Além disso, vale dizer que Ektor e Erika Vranderic, filhos do fundados, continuarão como sócios ativos na Biocor.
Hoje, a Biocor possui 350 leitos, contudo, a Rede D’Or pretende ampliar esse número em 150-200 leitos. Assim sendo, vale destacar que a companhia trabalha com quase todas as operadoras de saúde e possui uma amizade mais longa com a Unimed-BH. Portanto, diferente de seu rival direto, a Rede Mater Dei, que só há pouco tempo conseguiu se aproximar da Unimed.
A fundação da Biocor
Por trás da Biocor há uma história única e forte, de Mario Vranderic. Mario é filho de um croata que fugiu da Segunda Guerra Mundial, nasceu na Bolívia, e aos 15 anos foi estudar medicina na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Contudo, como almejava a carreira de cirurgia cardíaca – algo ainda atrasado no Brasil dos anos 60 – Maria se mandou para os Estados Unidos, onde ficaria pelos próximos 11 anos. Entretanto, Maria teve de ir à guerra do Vietnã logo após chegar senão seria considerado desertor e deixaria o país. Dessa forma, o futuro fundador da Biocor serviu por dois anos como médico oficial do exército numa base americana na Coréia do Sul.
Além disso, ao voltar aos EUA, ficou dois anos em cirurgia geral, dois anos de vascular, e por fim, especialização em cirurgia cardíaca. Por fim, Mario criou uma válvula biológica inovadora, com o nome comercial Bioprótese Biocor.
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