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- O Santander divulgou seu relatório mensal, destacando tendências do mercado financeiro em maio.
- O Federal Reserve dos EUA adotou postura cautelosa em relação à política monetária, influenciando mercados globais.
- Bolsas globais registraram ganhos, juros futuros caíram e dólar teve desempenho misto.
- No Brasil, mercados reagiram a incertezas na política fiscal e trajetória da Selic, com Ibovespa em queda.
- Santander adotou posição neutra com viés positivo para renda fixa local, reduzindo risco das carteiras.
- Visão neutra também mantida para bolsa, com aumento na alocação no setor de energia.
- Mercado de câmbio operou de forma tática e com baixo risco, diante da balança comercial positiva e altas taxas de juros nos EUA.
- Expectativa de primeiro corte de juros pelo Fed em setembro, enquanto incertezas no cenário fiscal e global persistem no Brasil.
- Recomendações neutras para renda fixa, bolsa e câmbio, com ajustes conforme condições de mercado.
O Santander, uma das instituições financeiras líderes no Brasil, divulgou seu relatório mensal, oferecendo uma análise abrangente e detalhada do desempenho do mercado financeiro em maio. O relatório destaca tendências e eventos significativos que influenciaram tanto os mercados globais quanto os locais, fornecendo insights valiosos para investidores e analistas.
No cenário global, o destaque ficou por conta da postura cautelosa adotada pelo Federal Reserve dos Estados Unidos (Fed) em relação à política monetária. Embora alguns indicadores de inflação e atividade econômica tenham mostrado sinais de alívio, o Fed permaneceu cauteloso em suas projeções futuras, impactando os mercados financeiros em todo o mundo. As bolsas globais registraram ganhos, os juros futuros apresentaram queda e o dólar teve um desempenho misto em relação às demais moedas.
No Brasil, os mercados reagiram às incertezas em torno da política fiscal e da trajetória da taxa básica de juros, a Selic. O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, encerrou o mês com desempenho negativo, refletindo as preocupações dos investidores com o cenário econômico doméstico. Além disso, a abertura da curva de juros nominal e a queda do Real em relação ao dólar também foram aspectos observados no mercado financeiro brasileiro em maio.
No segmento de renda fixa, o Santander adotou uma posição neutra com viés positivo para o mercado local. Apesar das incertezas globais e da alta dos juros, o banco identificou oportunidades atraentes nas curvas de juros locais, o que levou a uma redução do risco das carteiras, com diminuição das posições em ativos prefixados e atrelados à inflação.
No mercado de ações, o Santander manteve uma visão neutra tanto para a bolsa local quanto para as bolsas globais. Embora os preços das ações parecessem atrativos e as expectativas de lucro das empresas oferecessem suporte para o Ibovespa, a incerteza em relação à política fiscal e à trajetória dos juros globais e locais dificultava uma valorização mais expressiva da bolsa local no curto prazo. Setorialmente, houve um aumento na alocação no setor de energia e uma redução na exposição a empresas ligadas ao setor de mineração.
No mercado de câmbio, o Santander adotou uma visão neutra, operando de forma tática e com baixa utilização de risco. A balança comercial positiva foi contrabalançada pelas taxas de juros altas nos EUA, o que manteve o apetite por risco dos investidores globais em níveis baixos, afetando o fluxo de recursos para os mercados emergentes, incluindo o Brasil.
No contexto externo, o debate sobre os próximos passos do Fed continua, com expectativa de um primeiro corte nas taxas de juros em setembro. Os dados econômicos dos EUA mostraram sinais mistos, enquanto a China apresentou melhorias, embora haja cautela devido à dinâmica do mercado imobiliário chinês. Internamente, no Brasil, houve ajustes na trajetória esperada para a taxa Selic, refletindo uma comunicação conservadora do Comitê de Política Monetária (Copom). A incerteza fiscal e o cenário global incerto aumentaram a cautela em relação à extensão do ciclo de cortes de juros no país.
Prospectivamente, o Santander adotou uma visão neutra para a renda fixa local, dada a incerteza global e as perspectivas de ganhos limitadas no curto prazo. Nas bolsas de valores, a recomendação também é neutra, com ajustes nas alocações de acordo com as condições do mercado. No mercado de câmbio, a visão neutra persiste, com operações táticas e baixa exposição ao risco.
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