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O governo brasileiro considera retomar a taxação sobre importação de veículos elétricos no segundo semestre.
A isenção de imposto de importação sobre carros elétricos, adotada no Brasil desde 2015, pode ser encerrada no segundo semestre deste ano.
A Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores (Abeifa) defende uma retomada gradual do imposto, baseada no bom senso. Apesar de ainda não haver decisão oficial, a Abeifa propôs uma retomada escalonada da taxação, variando conforme a eficiência dos veículos.
A nova proposta busca permitir que o mercado e as empresas se acomodem à medida que cresce o interesse do consumidor brasileiro por veículos elétricos.
Isenção de impostos sobre carros elétricos pode terminar em breve
A isenção de imposto de importação em carros elétricos, em vigor no Brasil desde 2015, está em risco de terminar no segundo semestre deste ano.
Esta medida tem sido um dos poucos incentivos para a indústria de veículos elétricos no país.
Embora ainda não haja uma decisão oficial, a Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores (Abeifa) está acompanhando de perto a situação. Segundo João Oliveira, presidente da Abeifa, a associação propôs ao governo uma retomada escalonada do imposto de importação.
De acordo com a proposta da Abeifa, a taxação seria restabelecida gradativamente, começando com 2% para veículos elétricos a bateria (BEV), 4% para veículos híbridos (HEV e PHEV), e 7% para veículos híbridos leves 48V (MHEV).
O aumento da taxação seria gradual, atingindo o teto de 20% em 10 anos.
Oliveira argumenta que a retomada gradual permitiria ao mercado e às empresas se acomodarem enquanto o interesse do consumidor brasileiro por estas novas tecnologias cresce.
Ele defende que, mesmo com a retomada da taxação, a alíquota sobre carros elétricos ainda seria mais baixa que a tarifa atual de 35% para veículos importados.
Em 2022, foram vendidos mais de 49.000 veículos elétricos e híbridos no Brasil, um recorde que representa um aumento de 40% em relação ao ano anterior. A previsão para este ano é de 70.000 vendas de veículos eletrificados.
A expectativa é de que haja bom senso e razoabilidade nas regras de taxação para que não haja oneração excessiva no preço dos veículos. Além disso, o Brasil precisa urgentemente criar um plano de transição energética com metas e objetivos de redução de emissões e outros incentivos para o mercado de veículos limpos.
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