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A Gerdau (GGBR4), empresa brasileira de siderurgia, vem colhendo frutos dos ventos favoráveis nos Estados Unidos. A companhia reportou um lucro líquido de R$ 3,7 bilhões em 2022, um aumento de 95% em relação ao ano anterior.
O CEO da Gerdau, Gustavo Werneck, atribui esse crescimento ao aumento da demanda por aço nos EUA e à alta dos preços do metal no mercado internacional. A empresa tem a maior operação fora do Brasil nos EUA, com a Gerdau Ameristeel, e o país é responsável por cerca de 80% das vendas externas da companhia.
Além disso, a Gerdau tem investido em tecnologia e sustentabilidade em suas operações, o que tem trazido benefícios financeiros e ambientais. A companhia está trabalhando em projetos de energia renovável, como a instalação de painéis solares em suas unidades industriais, e investindo em programas de reciclagem de resíduos industriais.
A Gerdau também está buscando oportunidades de crescimento no mercado de aços especiais, que tem uma demanda crescente nos EUA. A empresa adquiriu recentemente a Sidertul, produtora de aços especiais no Brasil, e está investindo em inovação e desenvolvimento de novos produtos.
Com a perspectiva de crescimento contínuo nos EUA e o foco em inovação e sustentabilidade, a Gerdau se mostra otimista em relação ao futuro. A empresa tem como meta aumentar sua produção de aços especiais e fortalecer sua posição no mercado internacional.
Para os analistas do Itaú BBA, as expectativas para as ações também se mostram otimistas. Os dados apresentados no relatório do Itaú BBA indicam uma perspectiva positiva para a Gerdau, impulsionada pela demanda adicional de até cinco milhões de toneladas de aço nos EUA após a aprovação do pacote de infraestrutura. A estimativa é de um Ebtida sequencialmente mais forte no primeiro trimestre de 2023, com alta de 13% em relação ao último trimestre de 2022 e uma margem Ebitda de 29% nesse intervalo. Acredita-se que a América do Norte se beneficie do crescimento de 17% nos volumes domésticos de aço, compensando a queda de 3% nos preços em dólares no trimestre.
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No Brasil, a perspectiva é um pouco menos otimista, com um crescimento de 13% nos volumes domésticos no trimestre, mas compensado pelas fracas vendas no varejo e um setor imobiliário de média renda fraco. O banco projeta uma margem Ebitda de 14% no primeiro trimestre de 2023 para o Brasil, com um Ebitda ligeiramente superior a R$ 1 bilhão. O cenário macroeconômico desafiador no país é citado como um fator que pode afetar a margem Ebitda, afetada por componentes como preços e volumes de aço domésticos mais baixos. No entanto, a nova estimativa do Itaú BBA para o Ebitda de 2023 é de R$ 15 bilhões, um crescimento de 7% em relação à projeção anterior do banco, devido ao desempenho acima do esperado nos Estados Unidos, compensando o resultado mais fraco no Brasil. No geral, os dados indicam que a Gerdau pode se beneficiar de uma perspectiva positiva para o setor de aço nos EUA, enquanto enfrenta desafios em sua operação doméstica no Brasil.
Estimativas apontadas pelo relatório do Itaú BBA:
| Volumes de aço (domésticos) | Margem Ebitda (%) | Ebitda (R$ bilhões) | |
|---|---|---|---|
| 1º trimestre de 2023 – Gerdau | América do Norte: +17%<br>Brasil: +13% | América do Norte: 29%<br>Brasil: 14% | R$ 4,1 |
| Ano consolidado (Gerdau) | Margem Ebitda: 15% | – | R$ 15 |
Observações:
- Pacote trilionário de infraestrutura aprovado pelo Congresso americano pode gerar uma demanda adicional de até 5 milhões de toneladas de aço nos EUA a partir do segundo semestre de 2023.
- O resultado da Gerdau no primeiro trimestre de 2023 deve ser impulsionado pela melhora de indicadores nos Estados Unidos e no Brasil, com estimativa de um Ebitda sequencialmente mais forte de R$ 4,1 bilhões, alta de 13% sobre o quarto trimestre de 2022.
- Para os analistas, o resultado na América do Norte provavelmente irá se beneficiar de um crescimento de 17% nos volumes domésticos de aço, mais do que compensando uma queda de 3% dos preços em dólares no trimestre. Já no Brasil, as perspectivas são um pouco menos otimistas.
- Para as exportações, o banco espera um aumento para 197 mil toneladas, abaixo das 300 mil toneladas do primeiro trimestre de 2022.
- A nova estimativa do Itaú BBA para o Ebitda de 2023 é de R$ 15 bilhões, um crescimento de 7% em relação à projeção anterior do banco, justificada pelo desempenho acima do esperado nos Estados Unidos, compensando o resultado mais fraco no Brasil.
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