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A Selic deve encerrar o ano em 11,75%, de acordo com o Grupo Consultivo Macroeconômico da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), que mantém a projeção anterior, com dois cortes seguidos de 0,50 pontos percentuais.
“A piora do cenário externo não deve alterar o ritmo de queda da taxa básica de juros no curto prazo, considerando o processo de desinflação que vem ocorrendo na economia brasileira”, afirma Fernando Honorato, coordenador do Grupo Consultivo Macroeconômico da ANBIMA.
Para 2024, a previsão é que esse ritmo de redução de 0,50 pontos percentuais a cada reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) continue até julho, com a Selic então se mantendo em 9,50% até o final do próximo ano.
O grupo reduziu a estimativa para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) em 2023 de 4,8% para 4,6%, patamar inferior ao teto da meta de inflação estipulada para este ano (4,75%). Já para 2024, a projeção permaneceu em 3,8%.
Sobre o câmbio, mesmo com as incertezas do cenário externo, os economistas avaliam que os resultados positivos da balança comercial continuam contribuindo para assegurar certa estabilidade da moeda. A estimativa para a taxa no final deste ano foi ajustada de R$ 4,92 para R$ 5,00.
Para o PIB, a previsão de crescimento foi mantida em 2,9% neste ano e subiu de 1,50% para 1,55% para 2024. Na visão do grupo, a tendência é de desaceleração da economia diante dos efeitos defasados da política monetária, o que vem se confirmando com os resultados recentes dos indicadores de atividade.
Na análise da política fiscal, o Grupo Consultivo Macroeconômico manteve as projeções para o resultado primário de 2023, com um déficit de 1% do PIB, e elevou a previsão para o próximo ano de 0,70% para 0,75%. Já as previsões para a dívida bruta ficaram em 75,7% do PIB neste ano e em 79,0% do PIB em 2024.
Sobre o Grupo Consultivo Macroeconômico
O Grupo Consultivo Macroeconômico é formado por 24 economistas de instituições associadas à ANBIMA. Eles se reúnem a cada 45 dias, em média, sempre na semana que antecede a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), para analisar a conjuntura econômica e traçar cenários para os mercados brasileiro e internacional.
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