Guia do Investidor
imagem padrao gdi
Notícias

Será o fim do crédito parcelado sem juros no Brasil?

Nos siga no Google News

Continua após o anúncio

Entidades do varejo e serviços lançam movimento em defesa do parcelamento; população mais pobre será a mais prejudicada

Chamada de “Parcelo Sim” é uma campanha organizada por 11 associações de varejo e serviços em defesa da continuação do pagamento parcelado sem juros no Brasil. A modalidade é uma das ferramentas de concessão de crédito mais populares e utilizadas no país. 

Da troca de um Smartphone novo para o trabalho, compra de remédios, alimentos para o mês e até a troca de móveis e eletrodomésticos depois de imprevistos, 200 milhões de brasileiros utilizam a forma de pagamento. Desde outubro, o Banco Central tem coordenado reuniões com representantes de bancos, cartões e varejo para discutir a regra geral do Desenrola, que limita a dívida do rotativo a 100% do valor original, caso o próprio setor não chegue a uma outra fórmula de redução dos juros, que hoje é superior a 400% ao ano. 

Leia mais  Reações ao IPCA: Perspectivas de inflação e impactos na política de juros

Para Fernando Lamounier, educador financeiro e diretor da Multimarcas Consórcio, a modalidade de parcelamento sem juros para as famílias brasileiras, representa a oportunidade de quitarem suas dívidas. “É preciso levar em consideração que a maioria das pessoas que utilizam a modalidade e que se encontram endividados ganham entre 1 e 3 salários mínimos. Estamos falando de uma grande faixa da população que quer pagar as contas e assim manter as suas linhas de crédito em dia”, explica.

De um lado os bancos argumentam que esta modalidade aumenta a inadimplência e força a cobrança de juros mais altos no rotativo. Os setores de maquininhas e o comércio, porém, refutam este argumento e afirmam que não há estudos que comprovem a associação de parcelamento sem juros com inadimplência. 

De acordo com pesquisa da Confederação Nacional do Comércio (CNC), o pagamento parcelado sem juros é adotado por 90% dos varejistas e, segundo o Datafolha, 75% da população faz uso dela. Se a modalidade deixar de ser utilizada, 42% das pessoas reduzirão os seus gastos pela metade, os dados são do Instituto Locomotiva. 

Leia mais  Cartão Riachuelo review: vale a pena? Tem anuidade?

Para Lamounier, este número representa um enfraquecimento no poder de compra e da economia. Os mais afetados são as classes mais baixas. A mesma pesquisa mostra que 115 milhões de brasileiros só conseguiram comprar ou realizar algum sonho, porque puderam parcelar.

“A instabilidade econômica do país é o agente dificultador de um padrão de vida financeira saudável para o cidadão. Com isso, o endividamento da população pode ser influenciado por diferentes fatores, como a disponibilidade de crédito, taxas de juros, condições econômicas e comportamento de consumo. Atualmente, os brasileiros recorrem ao crédito para atender as necessidades ou desejos imediatos, o que leva ao acúmulo de dívidas”, destaca o especialista.

Entidades como Sebrae, FecomercioSP, Abad, Alobras, Proteste fazem parte do movimento. 


Leia mais  Selic: Ata do Copom reforça possibilidade de subir juros, se preciso
Nos siga no Google News

DICA: Siga o nosso canal do Telegram para receber rapidamente notícias que impactam o mercado.

Leia mais

Ouro despenca com dólar forte e juros nos EUA em jogo

Rodrigo Mahbub Santana

Juros Brasil e EUA: veja repercussão no mercado

Guia do Investidor

Entenda por que é o momento para os juros caírem nos EUA e subirem no Brasil

Paola Rocha Schwartz

Ripio lança primeiro cartão de crédito DeFi com bandeira Visa

Fernando Américo

Mercuryo lança cartão de débito virtual Mastercard

Fernando Américo

Pagamentos com cartões chegam à marca de R$ 2 trilhões

Fernando Américo

Deixe seu comentário