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Setor de Serviços recua 0,1% em janeiro, trazendo um viés negativo para o 1T22

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Setor que mais emprega na economia, os serviços avançaram 9,5% na comparação interanual de janeiro, o equivalente a uma queda de 0,1% ante dezembro, em série já dessazonalizada, vindo exatamente em linha com as nossas expectativas.

Na margem, houve retração de três das cinco atividades que a pesquisa acompanha, com destaque para informação e comunicação (-4,7% m/m) e os serviços prestados às famílias.

Apesar do recuo, o setor ainda se encontra 7,0% acima do nível pré-pandêmico (quando comparado a fevereiro de 2020) e apresenta crescimento de 12,2% no acumulado em 12 meses.

Com o desempenho dos serviços divulgados hoje, projetamos um IBC-Br de -0,3% em janeiro, equivalente a 0,4% na comparação interanual de mesmo período. Esses números refletem nossa projeção inicial de queda 0,1% do PIB no 1º trimestre do ano.

Detalhes

Em janeiro, os serviços prestados às famílias desaceleraram 1,4%, influenciados pela queda marginal do segmento de alojamento e alimentação (bares, hotéis e restaurantes), após 9 aumentos consecutivos, resultado de um ambiente de queda da mobilidade, provocada pela disseminação mais acentuada da Ômicron (e em algumas localidades, acompanhadas por surtos adicionais de H3N2), que impactou as atividades presenciais.

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Apesar da queda da mobilidade, nos surpreendemos com o avanço de 1,1% do índice de atividades turísticas (IATUR) no período, setor que ainda se encontra 8,24% abaixo do nível pré-pandêmico (em comparação com janeiro de 2020), mas que vem em constante avanço desde abril de 2021, beneficiando-se das políticas de vacinação em massa. Entretanto, a maior variação negativa veio dos serviços de informação e comunicação, influenciados pela contribuição do segmento de tecnologia da informação (-8,9% m/m).

Outros serviços também cederam, com destaque para administração de fundos por contrato ou comissão e corretoras de seguros, de previdência complementar e de saúde.

Do lado positivo, o desempenho do segmento de transportes (1,4%) nos surpreendeu, já que imaginávamos um cenário negativo para a demanda por transportes de carga janeiro, sobretudo após a queda de 2,4% da produção industrial (e 5,2% da indústria extrativa).

Esse crescimento ocorre em função do aumento expressivo do comércio eletrônico, que traz o setor de transporte para o maior nível desde novembro de 2014, sustentando não só o transporte rodoviário de carga como a logística de transporte e armazenagem de mercadorias.

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O transporte aéreo também avançou, apesar da queda do volume de voos domésticos e internacionais, segundo dados da ANAC.

Com o desempenho dos serviços divulgados hoje mais a performance negativa da indústria e do varejo, projetamos um IBC-Br de -0,3% em janeiro, na série já dessazonalizada, o equivalente a uma alta de 0,4% na comparação interanual de mesmo período. Esses números refletem nossa projeção inicial de queda 0,1% do PIB no 1º trimestre do ano.


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