Guia do Investidor
Foto/Reprodução
Notícias

Sob Milei, economia Argentina está se recuperando, diz FMI

Nos siga no Google News

Continua após o anúncio

O índice de pobreza no país disparou para 52,8%, em parte devido a uma política de ajuste fiscal.

Na última quinta-feira (03), o Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou que vê “indícios de uma incipiente recuperação” econômica na Argentina, mas, que segue enfrentando as altas taxas de pobreza “segue sendo uma prioridade“.

Segundo informações, desde a oitava revisão, o governo do presidente Milei continuou implementando o programa de crédito de 44 bilhões de dólares contratado com o FMI.

O índice de pobreza no país já disparou para 52,8%, em parte devido a uma política de ajuste fiscal focada na redução de gastos e da inflação.

A FMI informou que, as medidas contínuas para reduzir a inflação e as reformas para promover o emprego e o investimento devem levar a uma maior melhoria dos salários reais e da atividade econômica no futuro.

Argentinos sinalizam confiança em Milei com depósitos em dólares

Nos últimos meses, uma mudança significativa ocorreu nas práticas financeiras dos argentinos: em vez de guardar dólares em espécie, muitos começaram a depositar suas economias nos bancos. Este movimento reflete um crescente voto de confiança no presidente Javier Milei e em seu programa de anistia fiscal.

Leia mais  Ações do Mercado Livre caem 11% após resultados abaixo do esperado

Desde que Milei assumiu o cargo em 10 de dezembro, os depósitos em dólares nos bancos argentinos aumentaram em 40%, alcançando US$ 19,8 bilhões. Assim, o nível mais alto desde o final de 2019, conforme dados do Banco Central. Esse crescimento representa um acréscimo de US$ 5,7 bilhões, dos quais cerca de US$ 1,4 bilhão entrou após a implementação do programa de anistia fiscal. O programa entrou em vigor em 17 de julho.

O programa de anistia fiscal, que tem gerado grande interesse, já levou a abertura de aproximadamente 100.000 novas contas bancárias. As estimativas indicam que o programa poderá atrair pelo menos US$ 2 bilhões para o sistema financeiro. A lei, aprovada pelo Congresso como parte de um pacote mais amplo de reformas econômicas no final de junho, permite que indivíduos declarem até US$ 100.000 em dinheiro, anteriormente mantido fora do sistema financeiro, sem a necessidade de pagar impostos. No entanto, tributam-se economias acima desse limite em 5%, a menos que sejam investidas em títulos, imóveis ou outras exceções fiscais.

Leia mais  Argentina lidera mercado cripto na América Latina e supera Brasil

Declaração do dólar

Os argentinos têm até março de 2025 para declarar seus dólares sob o programa de anistia fiscal. Após esse período, qualquer valor excedente ao limite estipulado estará sujeito a impostos mais altos.

Apesar de os salários na Argentina serem pagos em pesos, a prática comum é manter contas de poupança denominadas em dólares americanos. O retorno dos dólares ao sistema financeiro é particularmente positivo para o país, que historicamente enfrentou crises cambiais devido à falta de reservas estrangeiras. Este movimento também aproxima Milei de uma de suas principais promessas de campanha: a dolarização da economia, embora essa meta ainda pareça distante no momento.

“A anistia acelerará o processo de livre concorrência, ou coexistência, de moedas”, disse o ministro da Economia, Luis Caputo. “Isso não é feito para fins de arrecadação de impostos.”

“Essa é uma oportunidade de custo muito baixo para as pessoas comprarem um carro, reformarem sua casa ou começarem a gerar retornos sobre os dólares que hoje estão presos em um cofre”, disse Sebastian Dominguez, contador e especialista em impostos em Buenos Aires.

O aumento recente nos depósitos em dólares é ainda pequeno em comparação com os US$ 204 bilhões que o Banco Central estima estarem em espécie na Argentina. Além disso, os depósitos atuais estão bem abaixo do pico de US$ 32,5 bilhões registrado em agosto de 2019, antes da volatilidade eleitoral.

Leia mais  Dólar "blue" atinge novo recorde na Argentina

Guardar dólares em espécie é uma prática comum na Argentina devido às frequentes crises financeiras e altos impostos. Embora o crescimento dos depósitos esteja ajudando a aumentar as reservas brutas do Banco Central, os passivos da instituição continuam superando seus ativos. As reservas líquidas permanecem negativas, cerca de US$ 6 bilhões, segundo a corretora local PPI.


Nos siga no Google News

DICA: Siga o nosso canal do Telegram para receber rapidamente notícias que impactam o mercado.

Leia mais

Resumo do dia: Crescimento das indústrias automotivas, Hora de comprar ações das Americanas, Restrição de publicidade das Bets e Frieza no encontro de presidentes

Paola Rocha Schwartz

Peso argentino aumenta seu valor e atinge recorde

Rodrigo Mahbub Santana

Sem simpatia: Encontro entre Lula e Milei no G20 é marcado por frieza e distanciamento

Paola Rocha Schwartz

Economia da Argentina crescerá 3,9% em 2025, prevê Fitch

Paola Rocha Schwartz

Argentina zera imposto sobre compras internacionais

Fernando Américo

Argentina registra inflação de 2,7% em outubro, mas desacelera em relação a setembro

Rodrigo Mahbub Santana

Deixe seu comentário