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A Suzano (SUZB3), maior produtora mundial de celulose de mercado, encerrou o primeiro trimestre com lucro líquido de R$ 10,3 bilhões. Desse modo, um ano antes, a companhia havia registrado prejuízo de R$ 2,8 bilhões.
Isto é, apesar da concentração de paradas para manutenção em suas fábricas no começo do ano, e do baixo nível dos estoques terem reduzido o volume de celulose disponível para venda.
Nesse sentido, de janeiro a março, a receita líquida da companhia totalizou R$ 9,74 bilhões. Ou seja, com alta de 10% na comparação anual. Isto é, sustentada pelos sucessivos aumentos de preço da celulose, desde o fim do ano passado, e pelo desempenho positivo em preço e volume do negócio de papel.
Desse modo, ante o quarto trimestre, houve queda de 15%, na esteira do menor volume de vendas de celulose e do real mais valorizado.
Assim sendo, as vendas de celulose no período totalizaram 2,38 milhões de toneladas. Ou seja, com baixa de 13% ante o quarto trimestre e de 10% frente ao mesmo período de 2021
Isto é, em meio às paradas para manutenção em Imperatriz (MA), Jacareí (SP), na linha 1 de Mucuri (BA) e nas linhas 1 e 2 de Três Lagoas (MS).
Mais detalhes sobre o resultado da empresa
Já as vendas de papel avançaram 7% frente ao mesmo trimestre do ano passado. Mas recuaram 16% em relação aos três últimos meses de 2021, para 312 mil toneladas.
Nesse sentido, no trimestre, o resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado da Suzano subiu 5%, a R$ 5,12 bilhões. Assim sendo, a forte escalada dos custos de produção, porém, se refletiu em queda de 19% frente ao quarto trimestre.
Na linha financeira, a companhia teve resultado líquido positivo de R$ 12,9 bilhões. Isto é, impulsionado por ganhos com variação cambial, que não têm efeito caixa, de R$ 7,6 bilhões.
Logo, o resultado financeiro foi o principal motor do lucro bilionário no trimestre.
Portanto, ao fim de março, a alavancagem financeira da Suzano em dólares estava em 2,4 vezes, estável em três meses. Assim, a companhia está investindo R$ 19,3 bilhões no Projeto Cerrado, que compreende a construção de uma nova fábrica de celulose em Mato Grosso do Sul.
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