Guia do Investidor
imagem padrao gdi
Notícias

Suzano, Vale, Itaú, Rabobank, Marfrig e Santander se juntam em nova Joint Venture Ambiental

Nos siga no Google News

Continua após o anúncio

O temas ecológicos estão cada vez mais presentes no cotidiano da economia global, e os principais agentes do mercado não estão alheios a esta tendência. Nesta quarta-feira, mais um importante passo foi dado neste segmento, com a superintendência-Geral do Cade aprovando, sem restrições, a criação da Biomas.

A joint venture formada será por Suzano (SUZB3), Vale (VALE3), Itaú (ITUB4), Rabo Foundational Investments,
Marfrig Global Foods e Santander Corretora de Seguros, Investimentos e Serviços que será dedicada a atividades de restauração, conservação e preservação de florestas no Brasil. O aporte inicial na nova empresa é de R$ 20 milhões de cada sócio, resultando no total de R$ 120 milhões.

O despacho com o aval está publicado no Diário Oficial da União (DOU). Segundo o parecer do negócio, cada uma das empresas deterá a fração ideal do capital social de 16,66% da joint venture. A primeira etapa do projeto consistirá na identificação e prospecção de áreas, fomento a viveiros para produção em escala de árvores nativas, engajamento de comunidades locais nas atividades da empresa, discussão sobre aplicação do projeto em áreas públicas, parceria com plataformas de certificação de créditos de carbono e a implementação de projetos pilotos.

Leia mais  Suzano (SUZB3): empresa alcança lucro líquido de R$ 10,3 bilhões no 1ºT22

Fundos ESG salvaram florestas, mas queimaram o dinheiro dos investidores em 2022

As tendências ambientais e sociais e de governança estão ditando os ritmos da economia global. Com questões de sustentabilidade e transparecia cada vez mais em pauta, o mercado também vem abraçando as empresas que praticam os “bons modos”.

Neste conceito, atualmente investidores buscam, além de empresas com boas margens, empresas com valores que se enquadrem na realidade atual do mercado financeiro. Ou seja, empresas que levam em consideração o meio ambiente nas suas operações, além de questões sociais, e sem deixar a transparência de lado.

O mercado leva isto tão a sério, que existe um termo específico para listar este movimento: ESG.

ESG é a sigla para Environmental, Social and Governance (que é traduzida como Ambiental, Social e Governança), essa sigla foi criada pela Organização das Nações Unidas, em um evento que reuniu instituições financeiras de vários países. A proposta desse conceito é definir ações que devem ser colocados em prática para solucionar problemas envolvendo os três tópicos da sigla, o conceito é utilizado para descrever as chamadas “boas práticas” empresariais.

A letra E corresponde a environmental — em português, meio ambiente ou o que diz respeito à ambiental. 

Leia mais  GM ganha parceria da Vale para transformar "economia de carros elétricos" realidade

É esperado que as empresas que aderem boas práticas de ESG atentem para algumas questões específicas de preservação do meio ambiente como poluição do ar e da água, gestão de resíduos e preservação de biodiversidade. O critério de Meio Ambiente busca mostrar como a companhia atua na gestão da natureza.

Conforme citamos anteriormente, o caso do rompimento da barragem de brumadinho mostrou que a Vale negligenciava questões ambientais, e quando isto veio a tona, as ações perderam valor de mercado rapidamente. Você não quer ter em seu portfólio de investimentos empresas que deixam o meio ambiente em segundo plano.

Já a letra S corresponde ao social à relação de uma empresa com seus colaboradores, fornecedores, clientes e investidores. Por exemplo: Diversidade das equipes, proteção de dados e privacidade e respeito às leis trabalhistas. O Social examina se a organização viola direitos humanos universais, monitorando as relações da empresa entre trabalhadores, os fornecedores e as comunidades onde atuam.

E por último, o G quer dizer governance, ou seja, às condutas de administração de uma empresa, como, por exemplo: conduta corporativa e remuneração de executivos. Essa avaliação envolve práticas de gestão empresarial ligadas ao combate à corrupção e ao compliance. 

ESG salva as florestas, mas queima seu dinheiro?

Apesar de ditarem uma tendência, o fluxo ESG não está rendendo uma forte rentabilidade para seus investidores. fundos ESG perderam dinheiro no Brasil em 2022 – tanto em resgates quanto em prejuízos nos investimentos.

Leia mais  Para decolar nova divisão operacional, Vale (VALE3) reforça seu time com "Braço-Direito" de Elon Musk

De acordo com levantamento realizado pelo Trademap a pedido do Brazil Journal, enquanto houve captação de R$ 3,5 bilhões por fundos com nomenclatura ESG no Brasil em 2021, o valor deste ano foi de R$ 700 milhões – só que de resgates. Porém, nem todos estão pessimistas com os ativos sustentáveis: a Schroders afirma que seguirá em busca de ativos ESG, mas que vai atuar de maneira pragmática. “Para nós, ESG é algo muito prático, especialmente com governança. Uma empresa não tem o ‘E’ e nem o ‘S’ se descuidar do próprio ‘G’”, disse Daniel Celano, country manager da Schroders no Brasil.


Nos siga no Google News

DICA: Siga o nosso canal do Telegram para receber rapidamente notícias que impactam o mercado.

Leia mais

Ibovespa abre com baixa e sem impulsos, seus ativos iniciam sem ânimo

Paola Rocha Schwartz

Marfrig (MRFG3) anuncia distribuição de R$ 2,5 bi em dividendos

Paola Rocha Schwartz

Ibovespa inicia o pregão em queda, mas ativos buscam estabilidade e ganhos curtos

Paola Rocha Schwartz

Eleições nos EUA e questões fiscais movimentam Ibovespa

Rodrigo Mahbub Santana

Marfrig anuncia rejeição do Uruguai à venda de ativos para Minerva

Paola Rocha Schwartz

Lucro da Vale despenca: entenda os motivos

Márcia Alves

Deixe seu comentário