
O setor de previdência privada enfrenta uma crise sem precedentes após a decisão do governo federal de aumentar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para 5% sobre aportes mensais acima de R$ 50 mil em planos VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre). Desde a publicação do decreto, a captação de recursos nessa modalidade despencou 80%, sinalizando um colapso iminente no planejamento de aposentadoria de milhares de brasileiros.
A Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) projeta que, se essa tendência persistir, o setor poderá perder até R$ 150 bilhões em captação ao longo de 2025, revertendo o superávit de R$ 70 bilhões registrado em 2024 para um cenário de captação líquida negativa.
Especialistas alertam que a medida compromete a estabilidade do sistema financeiro e desestimula investimentos de longo prazo, essenciais para o crescimento econômico e a segurança financeira da população. A falta de mecanismos eficazes para a cobrança do novo tributo agrava ainda mais a situação, colocando em risco a confiança dos investidores e a sustentabilidade da previdência privada no país.
É urgente que o governo reavalie essa decisão e busque alternativas que não prejudiquem os cidadãos que planejam seu futuro com responsabilidade. A estabilidade e previsibilidade são fundamentais para a construção de uma sociedade financeiramente saudável e justa.