
- Novo VW Tera chega com design moderno e motor 1.0 TSI
- Críticos apontam acabamento simples e desempenho fraco
- SUV pode disputar mercado com Nivus e T-Cross, da própria marca
A Volkswagen lançou recentemente o Tera, seu novo SUV compacto com a missão de atrair o público jovem e urbano, prometendo bom custo-benefício, design moderno e uma lista respeitável de equipamentos. Com plataforma MQB A0, a mesma usada por Polo e Nivus, o Tera chega para reforçar a linha de utilitários da montadora no Brasil. No entanto, mesmo antes de engrenar nas vendas, o modelo já começa a receber críticas pesadas por parte de especialistas e usuários que esperavam mais.
Visualmente, o carro tenta impressionar. Linhas inspiradas no Tiguan, faróis com assinatura em LED e opções com teto bicolor garantem ao Tera um ar mais aventureiro e contemporâneo. No entanto, muitos apontam que o design é genérico demais, típico da Volkswagen, e que não entrega personalidade própria. Há quem diga que, sem o logo da marca, seria difícil distingui-lo de outros SUVs da concorrência.
Sob o capô, o Tera usa o conhecido motor 1.0 TSI de até 116 cavalos e 17,5 kgfm de torque, o mesmo que equipa Polo e Virtus. Embora eficiente e econômico, o conjunto mecânico é considerado insuficiente para o peso e proposta do modelo, especialmente em acelerações e retomadas. Em testes, o desempenho é considerado “aceitável”, mas longe de empolgar. Críticas nas redes sociais chamam o carro de “manco”, principalmente em situações de ultrapassagens ou ladeiras.
Vantagens
- Visual moderno e linhas aventureiras
- Plataforma MQB A0 confiável (mesma do Polo/Nivus)
- Pacote ADAS, central 10″, teto bicolor
Principais críticas
- Motor 1.0 TSI considerado fraco para o tamanho do SUV
- Acabamento interno utiliza muitos plásticos rígidos
- Equipamentos esperados no segmento (como botão de volume e freio eletrônico) não estão presentes
- Visual genérico e pouco distinto da família VW
Outro ponto que vem desagradando é o acabamento interno. O uso excessivo de plásticos rígidos e o visual muito simples contrastam com o valor cobrado nas versões mais completas, que podem passar de R$ 130 mil. Para um público cada vez mais exigente, falta a sensação de qualidade percebida. Além disso, a ergonomia deixa a desejar: faltam botões físicos para funções básicas, como o volume da central multimídia, o que dificulta o uso durante a condução.
Mesmo nos itens de série, o Tera não chega a se destacar. A central multimídia de 10 polegadas, o painel digital e o pacote ADAS com alerta de colisão e frenagem automática são pontos positivos, mas já se tornaram quase obrigatórios em modelos dessa faixa. Por outro lado, o freio de estacionamento segue manual, o controle de cruzeiro é convencional (nada de ACC) e não há teto solar nem em versões topo de linha.
No fim das contas, o novo SUV da Volkswagen traz qualidades importantes como conectividade, boa dirigibilidade urbana e aparência moderna. No entanto, tropeça em pontos cruciais para o consumidor atual: desempenho morno, acabamento simples demais e falta de diferenciais reais frente à concorrência. Além disso, há a canibalização interna: Tera, Nivus e T-Cross agora disputam praticamente o mesmo nicho, o que pode confundir o consumidor e fragmentar ainda mais as vendas.
Para quem busca um carro confiável, com nome forte e bom pacote de tecnologia, o Tera pode sim ser uma escolha racional. Mas para quem espera emoção ao volante, acabamento refinado e presença marcante, o novo SUV ainda deixa a desejar.