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As vendas do comércio varejista no Brasil aumentaram 1% em fevereiro, seguindo a forte alta de 2,8%. Em janeiro, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na série sem ajuste sazonal, o comércio varejista registrou um aumento de 8,2% em relação a fevereiro de 2023, marcando o nono avanço consecutivo. O acumulado no ano mostra um aumento de 6,1%, enquanto nos últimos 12 meses houve um crescimento de 2,3%.
Os dados superaram, portanto, as expectativas do consenso de analistas da LSEG, que previam uma queda de 1,0% na comparação mensal e um aumento de 3,30% na comparação anual.
No comércio varejista ampliado, que abrange vendas de veículos, motos, peças e material de construção, o volume cresceu 1,2% na série com ajuste sazonal.
De acordo com o IBGE, a última vez que o varejo registrou dois meses consecutivos de alta foi em setembro de 2022, entre agosto e setembro. Dessa forma, o comércio atingiu o máximo da série histórica, superando em 0,5% o nível recorde anterior, de outubro de 2020. E 7,1% acima do patamar pré-pandemia, registrado em fevereiro de 2020.
Em fevereiro, seis das oito atividades pesquisadas pelo IBGE registraram taxas positivas: Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (9,9%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (4,8%); Livros, jornais, revistas e papelaria (3,2%); Móveis e eletrodomésticos (1,2%); Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (0,5%); e Tecidos, vestuário e calçados (0,3%).
As queda aconteceram nas atividades do varejo de Combustíveis e lubrificantes (-2,7%) e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,2%).
Surpreendendo o mercado
Ontem (10) a informação era que, as vendas no varejo brasileiro em março diminuíram 1,1% em termos reais, comparado ao mesmo mês de 2023, conforme o Índice Cielo de Varejo Ampliado (ICVA). Em termos nominais, refletindo a receita de vendas observadas, o índice registrou alta de 2,8%.Cielo atribui queda no varejo em março à diferença de calendário, com duas quartas e quintas-feiras a menos em relação ao ano anterior. Essas perdas não foram compensadas por um domingo adicional, devido ao fechamento do comércio.
Bens Duráveis e Semiduráveis e Serviços registraram queda no faturamento, respectivamente, de 5,3% e 4,3%. Materiais para Construção e Autopeças e Serviços Automotivos foram os principais responsáveis por essa redução.
Apenas o macrossetor de Bens Não Duráveis registrou crescimento no mês, com alta de 2,0%, impulsionado pelo setor de Varejo Alimentício Especializado.
“Uma das hipóteses para a queda do varejo em março foi a inflação, que acelerou e pode ter desestimulado o consumo. O resultado só não foi mais negativo porque comércios mais impactados pela Páscoa como chocolaterias e supermercados registraram crescimento nas vendas”, destaca Carlos Alves, vice-presidente de Tecnologia e Negócios da Cielo.
O e-commerce cresceu 5,2% em março em termos nominais, enquanto as vendas presenciais aumentaram 2,1% em comparação com o mesmo período de 2023.
Segundo o ICVA deflacionado e com ajuste de calendário, as regiões apresentaram os seguintes resultados em relação a março de 2023: Sul (-0,1%), Centro-Oeste (-0,3%), Nordeste (-0,4%), Sudeste (-0,7%) e Norte (-1,2%).
No entanto, pelo ICVA nominal, as regiões destacaram-se com Sudeste (+3,9%), Sul (+3,2%), Norte (+2,9%), Centro-Oeste (+2,5%) e Nordeste (+2,4%), desconsiderando o desconto da inflação.
No primeiro trimestre de 2024, o varejo registrou queda de 0,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, descontando a inflação, enquanto em termos nominais, apresentou alta de 3,1%.
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