Vita Investimentos compra 20% da FH Advisors

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A Vita Investimentos, multi family office com mais de R$ 2 bilhões sob consultoria, acaba de fechar um acordo para comprar 20% da FH Advisors, consultoria de investimentos independente com sede em Belo Horizonte. O negócio também inclui a possibilidade de a Vita

aumentar sua participação ou incorporar a FH ao grupo até o fim de 2024.

“É um passo importante para os dois lados”, afirma Ricardo Guimarães, sócio-fundador e CEO da Vita.

“Do nosso lado, vamos ganhar expertise junto a um público que ainda não atendemos. Para a FH, significa um ganho de tecnologia e, consequentemente, possibilidade de escalar o negócio”, completa.

Enquanto a Vita atende mais de 170 famílias, com patrimônio para investir a partir de R$ 1 milhão, a FH tem um tíquete médio de R$ 650 mil e presta consultoria para quem tiver acima de R$ 250 mil.

Com o acordo, o plano da FH é crescer conquistando clientes com valores maiores. “Isso será possível graças ao nosso know how de alocação e Family Office, sem falar na nossa plataforma e gestora que viabiliza os fundos administrados”, diz Guimarães.

A FH tem hoje mais de R$ 120 milhões sob consultoria e cerca de 200 clientes. A expectativa é encerrar o ano que vem com R$ 250 milhões. O modelo de remuneração é igual ao da Vita e baseado nas experiências europeia e americana: a empresa cobra um percentual fixo da carteira de cada investidor, devolvendo para este as comissões e rebates existentes na indústria de investimentos.

“Estamos falando de um modelo alinhado aos interesses do cliente”, destacam Luiz Fernando Ribeiro e Samuel Heringer, fundadores da FH Advisors. “Esse é o futuro do mercado no Brasil, e o fato de a Vita pensar da mesma maneira foi decisivo para assinar o contrato”, acrescenta.

Atualmente a Vita tem escritórios em São Paulo (SP), Londrina (PR) e Orlando (EUA). O plano é expandir para novos mercados, sendo que as regiões Sul e Nordeste estão entre as avaliadas com mais carinho.

A casa trabalha com horizontes de longo prazo nos investimentos, sempre de olho na preservação do patrimônio e consistência dos rendimentos.

“Não queremos inventar a roda, nosso trabalho é identificar assimetrias no mercado e deixar que o tempo as corrija”, avalia Guimarães. “Este olhar é primordial em uma estratégia de longo prazo.”

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