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A decisão do governo de substituir o presidente da Petrobras pela terceira vez é negativa para o crédito da companhia porque mostra o risco de interferências na governança corporativa, segundo registrou hoje a Moody´s. Em relatório, Moody´s diz acreditar, no entanto, que os atuais controles internos, além de deveres fiduciários dos empregados, incluindo aquelas relativas à Lei das Estatais, protegem os credores.
Entre estes controles, lembra a agência, estão diretrizes para refletir os preços de paridade de importação para o mercado interno, aprovar gastos de capital e contratar os melhores funcionários com experiência suficiente por suas responsabilidades profissionais.
A Moody´s relembra ainda que candidatos a CEO tem que ter vasta experiência no setor. Além disso, afirma que os acionistas minoritários representam outra camada de proteção contra a interferência excessiva do governo.
Os analistas Nymia Almeida e Marcos Schmidt escrevem que os controles internos robustos da petrolífera, assim como a responsabilização fiduciária dos seus executivos, impedem mudanças na política de preços.
Por conta disso, além da correlação entre os preços praticados pela Petrobras e os de importação, que precisam ser reajustados para evitar desabastecimento, a agência de classificação de riscos não vê chances de alterações drásticas. Mesmo assim, a agência de classificação de riscos aponta que as trocas sucessivas por parte do governo fazem com que seja necessário monitorar a independência do conselho da Petrobras e de possíveis decisões que possam enfraquecer sua governança.
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