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Hora do velório. O principal indicador do mercado de capitais brasileiro estava respirando por aparelhos nos últimos dias, sustentado pela expectativa dos investidores com um cenário menos agressivo nos juros, mas as movimentações nesta manhã parecem estar prestes a acabar com as expectativas de até mesmo dos mais esperançosos. O índice ibovespa cede 3,74% neste início de tarde, abaixo do piso dos 100 mil pontos e o culpado não é segredo para ninguém.
As ações da Petrobras, que possui um dos maiores pesos do índice estão em queda livre após um novo anúncio do aumento dos preços dos combustíveis. Um viés que vai de encontro com as recentes declarações do governo em tentar frear o ciclo de alta da gasolina e do diesel.
A revelação que o comando da principal empresa estatal do mercado e dos cargos executivos do governo não estão em sintonia foi o suficiente para a desconfiança explodir, e o resultado amarga quedas em um cenário já bastante complicado.
A semana além do aumento dos combustíveis guardou as revelações do Copom, que indicou um novo aumento de 0,5% na taxa básica de juros. O cenário busca conter a inflação, mas considerando os efeitos da mesma na escala global de produção (agradeça a Rússia por isso), o possível fim do ciclo de alta na Selic parece infundado, e um novo aumento deve aparecer na próxima reunião do comitê monetário do Banco Central. Neste cenário dos “pesadelos” , a aversão ao risco fica a todo vapor, e a manada começa a fugir da bolsa de valores.
A situação também não se apoia em um bom humor do mercado internacional, e as principais bolsas americanas também cedem após a alta dos juros pelo FED. Bem, o mar não está para peixes.
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