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Não há dúvidas de que nos últimos dois anos a pandemia foi um risco global desconhecido que nenhum setor poderia ter antecipado. Mas, em 2022, novos desafios precisam ser superados para não impedir a construção civil de avançar. Segundo Bruno Fabbriani, CEO da Incorporadora BFabbriani, apesar do segmento se mostrar aquecido, juros altos, ano eleitoral, guerra e falta de insumo são algumas das principais preocupações dos empresários atualmente.
De acordo com Fabbriani, os quatro principais desafios para o mercado da construção a serem superados em 2022 são:
- O custo crescente de matérias-primas e equipamentos
O rápido aumento dos preços dos produtos de petróleo e gás provocado pelo ataque russo à Ucrânia continua ameaçando a recuperação global, afetando também os custos para a construção. Isso porque a demanda por materiais e suprimentos segue aquecida, mas a distribuição foi afetada, fator que impacta diretamente a disponibilidade e o preço das matérias-primas e dos equipamentos. - Juros altos e ano eleitoral
Alta dos juros que, em março, atingiu 11,75% ao ano e já aponta para 12,75%, segundo indicações do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, desestimulam os negócios. Além disso, investidores tendem a agir com mais cautela em ano eleitoral, reduzindo o ritmo das atividades econômicas de forma geral. - Contratar e reter pessoal qualificado
A indústria da construção civil no Brasil criou aproximadamente 76 mil novos postos de trabalho somente no primeiro bimestre do ano. Embora as oportunidades de emprego no segmento estejam em ascensão, a baixa oferta de mão de obra pode estagnar o setor. A rotatividade de pessoal e a falta de qualificação continua sendo um dos desafios mais significativos para as construtoras. - Manter-se atualizado com as novas tecnologias
O aproveitamento de novas tecnologias permite que as incorporadoras melhorem os processos operacionais otimizando tempo e recursos, resultando em maior desempenho do projeto de construção com visibilidade quase em tempo real do andamento. Mas isso envolve custos que nem todas conseguem arcar.
Para o CEO da Incorporadora BFabbriani, todos os anos há uma série de desafios para diferentes indústrias ao redor do mundo. A da construção não é exceção. Mas, apesar das dificuldades, há também muitas oportunidades.
“Sabemos que ainda há questões que, por muitas vezes, impactam fortemente o segmento. Mas vemos também um movimento crescente de otimismo entre os empresários, que estão revisando seus negócios e implementando novas estratégias com objetivo de beneficiar a todos os envolvidos e manter o setor aquecido mesmo diante das dificuldades”
explica.
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