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Reajuste da Petrobras (PETR4) impacta inflação no mês, mas não muda cenário para o ano, dizem economistas

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O reajuste de 5,18% nos preços da gasolina e de 14,26% do diesel nas refinarias, anunciado pela Petrobras (PETR4) causará impacto na inflação. Isto é, mensal de junho, julho e possivelmente em agosto.

 Mas não deve alterar o cenário previsto pela maioria dos economistas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no fim de 2022.

“Já esperávamos que esse reajuste fosse acontecer e mais reajustes devem vir. Então, isso não muda o nosso cenário para o ano. A nossa projeção para o IPCA, já incorporando desoneração tributária, é de 8,5%. Não tem porque a gente mudar com a notícia de hoje”

disse o economista-chefe do banco BV, Roberto Padovani

“Mas isso vai alterar a dinâmica no mês. A inflação pode ficar um pouco mais pressionada agora em junho, dependendo da velocidade que chegará ao consumidor, mas não muda a história para o ano”,

acrescentou

Segundo o economista da LCA Consultores Bruno Imaizumi o aumento de preço da gasolina terá um impacto direto de 0,1603 ponto percentual no IPCA. Enquanto o aumento de 14,2% no diesel tem um impacto direto de 0,0256 ponto percentual, totalizando 0,1859 ponto percentual.

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Ademais, ele pontua que o efeito poderá ser visto primeiramente no dado de inflação fechado de junho, no de julho e até no IPCA-15 de agosto.

Contudo, o impacto já estava previsto no cenário da LCA e não deve causar revisão para o ano. A consultoria continua esperando um IPCA de 8% no fim do ano.

Mais detalhes sobre

Assim sendo, a projeção foi reduzida recentemente depois da aprovação do Projeto de Lei Complementar (PLP) 18/2022, que limita a incidência de ICMS, imposto estadual, sobre os combustíveis.

No Santander, o economista Daniel Karp projeta um impacto de 0,13 ponto percentual no IPCA. Ou seja, concentrado no mês de julho, mas algum efeito também pode aparecer já na inflação de junho.

Ademais, ele lembra que a gasolina tem peso de 6,8% no índice oficial de inflação e diz ver risco de novos aumentos no curto prazo, “uma vez que diferentes métricas apontam defasagem de 13% até 50% em relação aos preços internacionais”.

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