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A tecnologia está no centro da pauta não apenas da recuperação econômica brasileira, mas também para a ampliação da inclusão digital e a melhoria de serviços. A conclusão é do CEO da Dell no Brasil, Diego Puertas, que participou nesta quinta-feira, 16, do painel Dell Technologies — Crescimento, Controle e Risco, durante o Encontro Socioesportivo 2022, evento de relacionamento promovido pelo IBEF-SP, que reúne executivos de finanças do país.
“Independente do contexto econômico, como um todo, acreditamos que a quantidade de investimentos em tecnologia continuará alta, porque é a forma de acelerarmos a retomada da economia”
afirmou Puertas.
Em 2021, a Dell ultrapassou a meta de US$ 100 bilhões de receitas no mundo. No Brasil desde 1999, a multinacional americana conta com um centro de pesquisa com mais de 750 colaboradores brasileiros e duas fábricas, sendo a de Hortolândia (SP) responsável por fabricar 95% dos produtos vendidos no país.
Produzir no Brasil foi apontado pelo CEO como um diferencial para enfrentar a crise de fornecimento gerada pela pandemia de Covid-19.
“Durante a pandemia tivemos uma resiliência operacional muito grande. Conseguimos gerenciar muito bem os desafios na cadeia de suprimentos”.
O painel foi moderado por Felipe Viana, CFO e Diretor Sênior da Dell Technologies, e teve também como convidados Ronaldo Fragoso, sócio de Gestão de Risco da Deloitte, e Rodrigo Ledier, Global Procurement Director da Atento. Durante o bate-papo, os executivos discutiram tendências e soluções ligadas aos novos modelos de organizações exponenciais, computação nuvem e cibersegurança.
Mercado tem demanda de 1 milhão de profissionais de tecnologia no Brasil
Ronaldo Fragoso ressaltou que se por um lado há cerca de 12 milhões de desempregados no país, há demanda para 1 milhão de profissionais na área de tecnologia.
“Esse será o grande desafio dos próximos 5 ou 10 anos: como as empresas farão essa migração gigante e obrigatória para a tecnologia e como equilibrarão isso com a questão da qualificação das pessoas que elas precisarão contratar”
afirmou o sócio da Deloitte.
Junto à aceleração da transformação digital das empresas, riscos como ataques hackers também cresceram exponencialmente. O tema preocupa os diretores estatutários de companhias abertas no Brasil e no exterior, que passam a ser responsabilizados pelos órgãos reguladores em relação a como as empresas divulgam e avaliam seus riscos cibernéticos.
Ao falar sobre os desafios de cibersegurança, Rodrigo Ledier citou as lições aprendidas pela Atento, que foi alvo de um ataque cibernético em 17 de outubro 2021 e que resultou na decisão, em questão de horas, de paralisar a operação com 70 mil funcionários.
“Um ponto importante foi a reação rápida que tivemos, conseguindo identificar e rapidamente isolar os pontos afetados pelo ataque”
disse o executivo.
Rodrigo notou que a companhia já investia de forma massiva em segurança há três anos antes do ataque e possui uma equipe que monitora ameaças internas e externas 24 horas por dia, incluindo a deep web.
“Todos os dias as empresas são atacadas. E por mais que você tenha ferramentas, os cibercrimes inovam muito mais rápido”.
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