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KPMG: fusões e aquisições de serviços financeiros caem 38% em 2022

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O setor de serviços financeiros, que engloba empresas de seguros, imobiliárias e bancárias, encerrou o ano com 144 operações de fusões e aquisições em todo o país. Esse desempenho é 38,2% inferior ao registrado em 2021, quando foram concluídas 233 transações. Os dados são de uma pesquisa realizada trimestralmente pela KPMG com 43 setores da economia brasileira. De acordo com o relatório, as instituições financeiras registraram 99 negociações entre janeiro e dezembro passado. Na sequência, aparecem as seguradoras, com 23 operações, e as organizações do mercado imobiliário, com 22.

Com relação ao tipo de transação, do total realizado em 2022, a maioria (101) envolveu empresas domésticas. Outras 31 operações foram realizadas no formato CB1, quando uma companhia estrangeira adquire capital no Brasil, mais sete como CB4, modalidade em que uma empresa estrangeira adquire, também de estrangeiros, uma organização estabelecida no Brasil, três de CB2, que são empresas de capital majoritário brasileiro adquirindo, de estrangeiros, capital de empresa estabelecida no exterior, e duas de CB3, que são organizações de capital majoritário brasileiro adquirindo, de estrangeiros, capital de empresa estabelecida no Brasil.

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Apesar da redução no número de transações, de certa forma até dentro do esperado, o setor continua bem ativo nas transações, evidenciando um movimento de alinhamento com os planos de negócios, que por sua vez estão sendo muito impactados pelos fatores macroeconômicos e geopolíticos assim como pelos ajustes do ambiente tecnológico, que muitas vezes ou tem sido replicado em alta velocidade ou para alguns modelos não tem se provado viável”, analisa o sócio-líder de Serviços Financeiros da KPMG no Brasil, Cláudio Sertório.

 

Segmento 2022 2021
Instituições Financeiras 99 161
Negócios Imobiliários 22 39
Seguros 23 33
Total 144 233

 

A pesquisa da KPMG também revelou que o número de fusões e aquisições ao longo de 2022 registrou queda de 12% na comparação com 2021. De janeiro a dezembro de 2022 foram 1.728 negociações. Apesar da baixa, esse desempenho representa o segundo melhor ano da série histórica.

“O ano de 2022 foi o segundo mais forte em nossa série histórica, elaborada desde 2003. Apesar disso, observou-se uma redução gradativa no número de transações desde o primeiro trimestre. O principal motivo para essa queda foi a redução do apetite dos investidores por empresas de tecnologia, que têm historicamente contribuído com a grande maioria do número de transações. Outros motivos que justificam essa queda foram a piora do cenário econômico internacional e o aumento das incertezas de médio e longo prazo no cenário econômico local, acentuado no segundo semestre do ano”, analisa Luís Motta, sócio líder de Fusões e Aquisições Proprietárias da KPMG no Brasil.

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Com relação aos setores que mais realizaram operações no ano passado, além das instituições financeiras, os destaques foram as companhias de internet, que lideraram com 640 transações, e tecnologia da informação, com 268. Dos estados brasileiros, São Paulo aparece na lista com 1.109 negócios fechados, seguido por Minas Gerais com 130 e por Rio de Janeiro com 106.


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