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O conselho de administração do Méliuz (CASH3) aprovou a proposta de grupamento e desdobramento simultâneos de suas ações ordinárias, que será submetida à Assembleia Geral Extraordinária (AGE). A medida visa evitar o risco de enquadramento como “penny stock” na B3 e consequente exclusão dos índices de referência.
A proposta prevê que cada grupo de 100 ações será agrupado em uma única ação, e em seguida, cada ação será desdobrada em 10 ações. Não haverá alteração no valor do capital social atual da companhia.
A XP Investimentos destacou em relatório que, em caso de aprovação das operações, o preço-alvo por ação da companhia deverá ser ajustado para representar o novo capital social.
A medida tem como objetivo evitar a exclusão do Méliuz dos índices da B3, que é o risco que a empresa corre ao se tornar “penny stock”. A classificação de “penny stock” é dada a ações que negociam abaixo de R$ 1,00, sendo consideradas de alta volatilidade e risco. A B3 estabelece que ações negociadas abaixo desse valor por mais de 30 dias úteis consecutivos podem ser excluídas dos índices da bolsa.
O grupamento e desdobramento simultâneos são medidas comuns para evitar o enquadramento como “penny stock”. O processo é reversível e não afeta o valor do investimento dos acionistas. A medida busca trazer mais segurança e estabilidade ao mercado e aos investidores, uma vez que empresas enquadradas como “penny stock” possuem maior risco de desvalorização e descontinuidade.
O Méliuz é uma empresa de tecnologia que atua no setor de cashback, oferecendo aos clientes descontos e recompensas por compras realizadas em parceiros da plataforma. A companhia realizou sua oferta pública inicial (IPO) em novembro de 2020, com uma valorização de mais de 70% em seu primeiro dia de negociação. Desde então, suas ações têm apresentado volatilidade, com oscilações significativas em seu valor.
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