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Na última quarta-feira, 22, o Federal Reserve continuou sua luta contra a alta da inflação e anunciou a decisão de elevar mais uma vez as taxas de juros em 0,25%. Com a atual crise bancária, a preocupação do mercado devido ao aumento das taxas de juro vem crescendo, espalhando alertas e impactando as diferentes moedas.
Até o momento, a estratégia bem-sucedida do Fed para combater a inflação tem sido aumentar a taxa básica e reduzir o balanço. As ações impactaram negativamente no valor dos títulos do Tesouro e outros títulos, que são uma importante fonte de capital para a maioria dos bancos dos EUA. O Silicon Valley Bank foi o primeiro a falir — forçado a vender rapidamente seus títulos mais baratos, gerando uma perda significativa, levando a uma crise de liquidez e a um eventual colapso. O SVB foi logo seguido pelo Signature Bank e Credit Suisse, que precisaram seguir com a venda, tendo também First Repubic Bank recebendo uma ajuda vital dos credores para sobrevivência.
O Federal Reserve dos EUA reconheceu seu erro e tomou medidas de emergência para apoiar o sistema bancário. Forneceu US$ 303 bilhões de liquidez aos bancos por meio do Programa de Financiamento a Prazo Bancário e Janela de Desconto (BFTP), assim, freando a crise bancária localmente.
A crise também se espalhou para a zona do euro, com o Credit Suisse falindo após 166 anos de existência. Para evitar um colapso completo, o Banco Nacional Suíço (SNB) abriu uma linha de crédito para o Credit Suisse, o que lhe permitiu tomar um empréstimo de US$ 53,7 bilhões e permanecer em pé. No entanto, acabou falhando.
Poucas horas depois de abrir a linha de crédito, a presidente do Banco Central Europeu (ECB), Christine Lagarde, anunciou um aumento da taxa, dobrando em 50 bps durante uma reunião. Embora os investidores tenham visto isso como um sinal positivo para a estabilidade econômica europeia, a decisão de aumento da taxa pareceu precipitada e poderia levar a um aumento agressivo dos juros pelo Fed.
Na reunião da última quarta-feira, 22, o Fed mostrou grande contenção ao aderir à sua linha de base e aumentar a taxa básica em 25 bps, enquanto procurava reduzir ainda mais o balanço. O comunicado de imprensa sobre a situação com os bancos afirma a solidez e resiliência do sistema bancário dos EUA, e ressalta a atenção aos riscos de inflação diante dos desenvolvimentos mais recentes e possíveis condições mais apertadas.
Foi possível notar sinais dovish no gráfico do Fed, incluindo um corte de juros de 75 bps no próximo ano. Vendo apenas o crescente fluxo de liquidez do gráfico, o mercado interpretou como o fim do ciclo de aperto da política monetária, com os mercados de swap – acordos e troca de fluxos de caixa – apostando que a taxa do Fed dos EUA cairá para 4,19% no final deste ano.
Em meio às incertezas, o setor bancário está enfrentando grandes riscos, e a luta dos reguladores contra a inflação pode torná-lo ainda mais instável, arrastando o resto da economia para baixo na cadeia e gerando a possibilidade de uma recessão global. O mundo está acompanhando as decisões dos Bancos Centrais de cada país para conter uma crise em larga escala, além de gerar crescimento em meio às dificuldades e adversidades individuais que igualam os países de certa forma. Só o tempo dirá o que pode acontecer.
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