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Desmatamento no Brasil bate mais um recorde com Governo Lula

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O primeiro trimestre do governo Lula teve alertas de desmatamento equiparáveis aos piores índices do governo Bolsonaro, segundo dados do Deter, sistema do Inpe que reúne informações para o combate ao desmate quase em tempo real.

O primeiro trimestre do governo Lula da Silva teve números de alertas de desmatamento equiparáveis aos piores índices do governo Bolsonaro.

Segundo dados do Deter, sistema do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) que reúne informações para o combate ao desmate quase em tempo real, entre janeiro e março a destruição do cerrado foi recorde, chegando a 1.375,3 km², e a da Amazônia foi a segunda mais alta da série histórica, com 844,6 km².

A área destruída nos dois biomas em 2023 equivale a quase duas vezes a cidade do Rio de Janeiro (1.200 km²).

Quando questionado, o Ministério do Meio Ambiente afirmou que, na Amazônia, houve aumento de 219% das multas por desmatamento e outras infrações contra a flora no trimestre em comparação com a média do período nos quatro anos anteriores. Entretanto, o número de alertas de desmatamento no primeiro trimestre do governo Lula indica que é necessário ampliar as ações para conter a destruição das florestas e cerrado brasileiros.

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Um dos pontos que dificulta a expansão das atividades de fiscalização é a falta de pessoal. Atualmente, o Ibama tem cerca de 300 fiscais em campo.

“O número de fiscais do Ibama teria mais do que dobrar. É muito importante e urgente o governo providenciar um concurso público para isso porque, no caso da fiscalização, a equipe selecionada ainda tem que ser treinada [após a admissão]”, analisa Suely Araújo, especialista em políticas públicas do Observatório do Clima.

Apesar de medidas já terem sido tomadas pelo governo Lula para combater o desmatamento, especialistas apontam que ainda são insuficientes, sendo necessário um aumento significativo no número de fiscais do Ibama e ações mais efetivas para descapitalizar os infratores.

O desmatamento recorde registrado no primeiro trimestre de 2023 na Amazônia e no cerrado tem impactos ambientais e socioeconômicos significativos e a reversão desse quadro será uma missão demorada.


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